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FC Porto desmente que tenha falhado Fair-Play Financeiro da UEFA

15 abr, 2024 - 17:59 • Inês Braga Sampaio

Notícia avançada esta segunda-feira dava conta de que os dragões teriam de pagar dois milhões de euros para não serem excluídos das competições europeias. FC Porto indica que não só cumpriu as regras, como já tem licença para 2024/25.

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O FC Porto desmente que tenha incumprido as regras do Fair-Play Financeiro da UEFA e que a sua participação nas competições europeias esteja em risco, e revela que já tem licença para a próxima época.

O jornal "Record" avançou, esta segunda-feira, que os dragões tinham falhado os mínimos exigidos pela UEFA, durante o período de controlo de outubro de 2023 a janeiro de 2024, e que poderiam voltar a ficar sob vigilância, além de incorrer em penas pesadas. O Porto seria, então, obrigado a pagar uma multa de dois milhões de euros para não ser excluído das competições europeias. Porém, nova falha nos próximos três anos poderia mesmo tirar o clube das provas da UEFA.

Em comunicado publicado no seu site oficial, também esta segunda-feira, o FC Porto sublinha que "é falso" que tenha incumprido as regras do Fair-Play Financeiro da UEFA "ou que esteja em risco de incumpri-las no final da época". A SAD portista acrescenta que "as novas orientações de sustentabilidade financeira da UEFA reportadas a 15 de janeiro foram integralmente cumpridas a 9 de fevereiro" e que, a 31 de março, ficou a saber que teria lugar nas provas europeias da próxima temporada.

"No momento da avaliação das condições de licenciamento para participação nas competições da UEFA de 2024/25, a FC Porto, Futebol SAD cumpria todos os requisitos, pelo que já recebeu a licença para participar nas provas europeias da próxima temporada", lê-se.

Histórico do FC Porto com as regras financeiras da UEFA

O FC Porto esteve sob vigilância entre 2017 e 2022, por incumprimento das regras do Fair-Play Financeiro. Na altura, comprometeu-se a atingir equilíbrio financeiro até à temporada 2020/21. Em agosto de 2020, a UEFA informou que os dragões tinham cumprido "apenas parcialmente" as metas estabelecidas, pelo que manteve as restrições vigentes.

Em 2017/18, o FC Porto ficou limitado à inscrição de 22 jogadores (em vez dos habituais 25) na Lista A para as competições europeias. Em 2018/19, o número subiu para 23. Desde 2019/20, o número manteve-se nos 23, devido ao referido incumprimento parcial dos objetivos definidos.

O FC Porto estava obrigado a reduzir o passivo para 30 milhões de euros no exercício fiscal de 2017, 20 milhões em 2018 e 10 milhões em 2019. Em 2020/21, conseguiu alcançar o "break-even", isto é, não gastou mais do que aquilo que ganhou. Isso era o mínimo exigido pela UEFA.

Em setembro de 2022, a UEFA voltou a ameaçar o FC Porto com exclusão das provas europeias, por ter falhado "por pouco o compromisso financeiro". Segundo os dragões, o organismo considerava terem sido 'ligeiramente incumpridas' as condições do acordo (Settlement Agreement) estabelecido para o preenchimento das regras do Fair-Play Financeiro, tendo por base o período terminado na época 20/21".

Em julho de 2023, o organismo que tutela o futebol europeu anunciou que o FC Porto tinha cumprido as regras na última avaliação, com base nas normas que vigoravam até à temporada 2022/23, pelo que deixava de ter a Europa em risco. Desde então, as regras do Fair-Play Financeiro mudaram: agora, o "desvio aceitável" das contas ao longo de três anos é de 60 milhões de euros, contra os 30 milhões de antes, mas a vigilância sobre transações, balanço financeiro e dívida foi reforçada.

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  • Antonio Pereira
    15 abr, 2024 Valserhône 17:47
    Quem paga o que deve torna-se num bom cumpridor da vida de cada dia.

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