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FIFA rejeita pedido da Palestina para suspender Israel

17 mai, 2024 - 13:20 • Lusa

A Associação de Futebol de Israel (IFA, na sigla inglesa) classificou a exigência palestiniana como uma "tentativa cínica" de "prejudicar o futebol israelita".

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A FIFA, organismo que rege o futebol mundial, rejeitou uma proposta palestiniana para votar a suspensão da Associação Israelita de Futebol do organismo, mas prometeu uma decisão até 20 de julho.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse ter encomendado "uma avaliação jurídica independente" e que as conclusões vão ser apresentadas no Conselho da FIFA, que se vai reunir extraordinariamente até 20 de julho "para tomar as decisões apropriadas".

A Associação de Futebol da Palestina pediu uma votação sobre a suspensão imediata de Israel da FIFA: "A bola está do seu lado", disse Jibril Rajoub, presidente da Associação de Futebol da Palestina, ao presidente da FIFA, no congresso do organismo em Banguecoque.

A Associação de Futebol de Israel (IFA, na sigla inglesa) classificou a exigência palestiniana como uma "tentativa cínica" de "prejudicar o futebol israelita".

A proposta apresentada, em relação à guerra em Gaza, "não tem nada a ver com a IFA e as suas atividades", declarou o presidente da federação israelita, Shino Moshe Zuares.

Israel declarou a 7 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também mais de 250 reféns, 128 dos quais permanecem em cativeiro e 36 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 224.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 35.272 mortos, mais de 79.000 feridos e cerca de dez mil desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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