PSG vai vencer a Champions "daqui a dois ou três anos", diz olheiro luso

Ainda não foi esta temporada, mas não tarda acontece. Há um português que trabalha há mais de década e meia no Paris Saint-Germain que não tem dúvidas de que o clube vai alcançar o que mais ambiciona: a Liga dos Campeões.

Paulo Gonçalves, emigrado em França desde os oito meses de idade, é treinador e olheiro dos parisienses. Agora mais dedicado ao trabalho de descobrir os próximos talentos na capital francesa, alinha no discurso de que falta pouco para que a 'orelhuda' assente na Cidade Luz.

"Estamos perto. Trabalhamos muito para conseguir. O problema é que não é fácil, nem é sempre o melhor que consegue. Temos uma equipa com qualidade e muito jovem. Daqui a dois ou três anos vamos até ao fim", prevê o vimaranense de berço.

Em conversa com Bola Branca, Paulo Gonçalves explica que entrou nos quadros do PSG através de um "concurso" para treinador. Conseguiu convencer os responsáveis do clube que, também confiam nele para 'pescar' talentos emergentes, sobretudo na capital, já que é a cidade com mais jogadores de futebol per capita.

Se quando pensamos em Paris Saint-Germain, é possível que o mais fácil seja recordarmo-nos de transferências e contratações milionárias - como Messi, Neymar ou Mbappé -, a verdade é que a filosofia dos franceses mudou um pouco. Há cada vez mais jovens a aparecerem na equipa principal e a luz parece brilhar mais sobre a academia.

"Quando chegou, o novo administrador sempre disse que era importante descobrirmos o novo Messi. Temos muitos jogadores de seleção francesa e o último é o Warren Zaïre-Emery. Mas há mais", assegura Paulo Gonçalves.

O talento em bruto não é estranho ao técnico português, que lembra que, para além da nova coqueluche do plantel, orientou craques como Adrien Rabiot (Juventus). Christopher Nkunku (Chelsea), Mike Maignan (AC Milan) ou Moussa Diaby (Aston Villa).

A armada lusa vai crescendo em Paris. Paulo Gonçalves não esconde a satisfação por ouvir mais português no clube e admite até que Vitinha, Nuno Mendes, Gonçalo Ramos e Danilo costumam visitar, de quando em vez, os mais novos, seja em jogos ou treinos.

A passagem proveitosa, mas sem título por Cascais

O resultado não foi o esperado - o PSG perdeu na final da categoria com os brasileiros do Goiás -, mas o luso-francês sublinha a importância de competições como esta.

"A organização é top e o nível também é muito bom. Para nós é importante jogar contra os melhores clubes portugueses e estrangeiros. Para nós é sempre um grande prazer participar na IberCup", explica.