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Milei chama “corrupta” a mulher de Sánchez em convenção de extrema-direita

19 mai, 2024 - 18:38 • Diogo Camilo

Presidente da Argentina foi a grande estrela do encontro de líderes de extrema-direita em Madrid, organizado pelo Vox. Investigação a Begoña Gómez por corrupção foi arquivada pelo Ministério Público espanhol no mês passado.

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O presidente argentino, Javier Milei, foi a grande estrela da convenção que reuniu os principais líderes da extrema-direita em Madrid, aproveitando a ocasião para chamar de “corrupta” a mulher do primeiro-ministro espanhol, Begoña Gómez, sem a nomear.

“As elites globais não se dão conta do quão destrutivo é implementar as ideias do socialismo. Não sabem que tipo de pessoas estão presas ao poder ou que abusos podem gerar. Como quando têm a mulher corrupta, se enlameam e precisam de cinco dias para pensar”, afirmou, referindo-se ao caso em que a mulher de pedro Sanchéz foi investigada por alegado tráfico de influências e corrupção.

O caso foi arquivado pelo Ministério Público espanhol no mês passado, que considerou que a queixa que deu origem ao caso não tem fundamento. Devido ao caso, Pedro Sánchez, disse precisar de “parar e refletir” sobre se continuaria à frente do Governo “apesar do lodaçal em que a direita e a extrema-direita pretendem transformar a política”.

Em causa estão alegadas ligações de Begoña Gómez a empresas privadas, como a companhia aérea Air Europa, que receberam apoios públicos durante a crise da pandemia ou assinaram contratos com o Estado quando Sánchez era já primeiro-ministro.

Como reação às palavras de Milei, o PSOE já exigiu a Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular (PP), que condenasse “os insultos” do presidente da Argentina “de forma clara e contundente”. Citada pelo jornal ABC, a direção do partido socialista diz ser “intolerável” que “um mandatário estrangeiro faça estas declarações” numa convenção “de um partido que tem como aliado o PP”.

Na convenção estiveram outros líderes de partidos de extrema-direita, como André Ventura, do Chega, Marine LePen, da União Nacional de França e Mateuwsz Morawiecki, ex-primeiro-ministro da Polónia do partido Lei e Justiça. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, do partido Irmãos de Itália, participou por videoconferência, como o chefe de Governo da Hungria, Viktor Orbán, do Fidesz.

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