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Entre seis a oito mil militares de saída das Forças Armadas

10 abr, 2013

Ministro da Defesa apresentou documento da reforma no sector, confirmando notícia avançada pela Renascença em Fevereiro.

A reforma estrutural das Forças Armadas prevê que o efectivo máximo dos ramos se situe entre os 30 e os 32 mil militares, o que significará uma redução de entre seis a oito mil homens, adiantou o ministro da Defesa. A Renascença já tinha avançado a 8 de Fevereiro que oito mil militares estão de saída.

Numa conferência de imprensa realizada no Forte de São Julião da Barra, José Pedro Aguiar-Branco apresentou as linhas gerais do documento enquadrador da reforma das Forças Armadas, intitulado "Defesa 2020". Entre outras matérias, o documento, que será discutido na reunião desta quinta-feira do conselho de ninistros, prevê que se "adequará tendencialmente o efectivo máximo das Forças Armadas entre 30 e 32 mil militares, incluindo os militares na situação de reserva na efectividade de serviço".

Ainda segundo Aguiar-Branco, a redução de quatro mil militares deverá acontecer até 2015. Actualmente, o número de militares, incluindo os que estão na situação de reserva, ronda os 38 mil.

Por outro lado, acrescentou o ministro, "o dispositivo territorial deve ser redimensionado, tendo como objectivo final uma redução efectiva de 30% ao nível dos comandos, unidades, estabelecimentos e demais órgãos das Forças Armadas". Relativamente ao investimento a realizar, "define-se em 1,1% do PIB como o compromisso orçamental estável para a defesa nacional".

Questionado se o 'chumbo' do Tribunal Constitucional a quatro artigos do Orçamento do Estado pode implicar um corte superior aos 218 milhões de euros que já tinha sido avançado, o ministro da Defesa não respondeu directamente, afirmando apenas que esta reforma "não se insere na actualidade de cortes" e que resulta de um trabalho realizado ao longo do último ano pelo Ministério, em conjunto com as Forças Armadas.