30 out, 2012
O presidente do BPI defende a aplicação de um “plano Merkel” para a Europa na linha do “plano Marshall” que se seguiu à segunda Grande Guerra.
Fernando Ulrich sublinha a importância de apoiar os países com mais desemprego e dívida pública elevada através de um programa que não deveria limitar-se a uma contribuição financeira.
“Há outros países da Europa que têm situações parecidas, de taxas de desemprego muito altas, dívidas públicas muito altas e baixo investimento, se houver boas soluções elas podem vir a ser vertidas em compromissos ao nível europeu”, disse.
O banqueiro explicou que a ideia deste plano não tem uma perspectiva assistencialista", mas sim criar condições para, por exemplo, "atrair investimento alemão".
Esta tese foi defendida pelo presidente do BPI à margem de um fórum sobre fiscalidade a decorrer em Lisboa.
O economista Braga de Macedo não concorda: "Confesso que preferia um sistema onde se fizessem coisas boas para todos, mas a verdade é que nós nem ganhávamos com um 'plano Marshall'. É essencial que a Europa se reforme e o euro funcione mas plano para o sul cria exactamente aquele estereótipo que queremos evitar".