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Óscares

Cantorias e humor à Family Guy numa gala a piscar o olho aos jovens

22 fev, 2013 • Catarina Santos

É já este domingo que se conhecem os vencedores da 85ª edição dos Óscares. Seth MacFarlane vai conduzir uma cerimónia que quer a todo o custo captar uma audiência mais jovem.

Cantorias e humor à Family Guy numa gala a piscar o olho aos jovens
Está tudo a postos para a entrega dos Óscares da Academia de Hollywood, que este tem Seth MacFarlane como anfitrião. O criador das séries animadas Family Guy e American Dad vai conduzir uma cerimónia que quer a todo o custo captar uma audiência mais jovem.
Se não é fã de musicais, esta edição dos Óscares não é para si. Cantorias não vão faltar na noite que prende mais norte-americanos à televisão depois do Super Bowl.
 
Como se não bastasse um número de homenagem aos musicais "os Miseráveis", "Dreamgirls" e "Chicago", o palco do Dolby Theatre vai ser invadido por actuações de Barbra Streisand, Adele, Norah Jones e até do anfitrião deste ano, Seth MacFarlane. Depois da entrega do Óscar de Melhor Filme, o criador das séries animadas Family Guy e American Dad vai terminar a cerimónia em dueto com a actriz Kristin Chenoweth.

Mas, para Seth MacFarlane, este será apenas um pormenor numa noite que promete. "Será uma loucura. Eu sou capaz de usar uma meia preta e uma outra meia que também será preta mas de um tecido diferente. É o tipo de coisas que podem esperar dos Óscares este ano e que eu penso que será mesmo inesperado", adianta o comediante.

Uma amostra do humor particular do anfitrião que a Academia escolheu este ano, na sua eterna tentativa de captar um público mais jovem e recuperar as audiências que a cerimónia tem vindo a perder nos últimos anos.

Mas o comediante e realizador do filme "Ted" não promete nada. Nem sequer chegar a horas. "O maior desafio será chegar a horas. Acho que a cerimónia começa às 5h30 e eu tenho uma coisa marcada às 16h15 com o tipo que trata da minha piscina, para discutir um novo revestimento para o jacuzzi. Ser isso demorar, vai ser apertado. Espero que não seja para estar lá às 17h30 em ponto", confessa.

Com ou sem atrasos, quando o apresentador subir ao palco do Dolby Theatre dirá "bem-vindos aos Óscares” e não "aos Prémios da Academia", como era hábito. É mais uma etapa da estratégia para chegar às audiências mais jovens.

História e política dominam candidatos a melhor filme
Certo é que, por mais tecido adiposo que se acrescente às mais de três horas de cerimónia, o que ficará para memória futura será o músculo e esse é feito de prémios e discursos.

Até domingo não há certezas e há algumas variáveis, este ano, a baralhar as apostas, como a quantidade de filmes tidos como favoritos, mas que não têm o realizador nomeado. É o caso de "Argo" -  que tem colhido os mais importantes prémios que antecedem os Óscares -, "00h30 - A HoraNegra" ou "Django Libertado".

Em 84 edições de Óscares, só três filmes em que o realizador não estava nomeado levaram o prémio maior. A estatística daria, por isso, vantagem ao "Lincoln" de Steven Spielberg, que é até o filme mais nomeado (12 categorias).

Há vida além da política
Mas nem só de temas políticos e históricos se faz a lista de nove nomeados para o Óscar de melhor filme. Há lugar para a aventura de "A Vida de Pi", para a comédia romântica de um "Guia Para um Final Feliz" e até para musicais como "Os Miseráveis".

A Academia guardou ainda espaço para as histórias da vida como ela é, em toda a sua crueza e angústia, representada em "Amor", e para a fábula vista pelos olhos de uma criança que conhecemos em "As Bestas do Sul Selvagem".

Um destes nove sairá vencedor e as escolhas dos 5856 votantes da Academia de Hollywod já estão feitas. As votações fecharam na última terça-feira e estão já nas mãos da PricewaterhouseCoopers, encarregue de guardar os envelopes até domingo.