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Brasil na corrida à compra dos CTT

07 out, 2013

Já o grupo Urbanos propõe pagar entre 500 e 600 milhões de euros pelos correios portugueses.

O vice-presidente do Brasil reafirmou perante o Governo português o interesse dos Correios do Brasil na privatização dos CTT.

Michel Temer veio a Lisboa para reuniões com o primeiro-ministro, Passos Coelho, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e garante que o processo de venda dos CTT está a ser seguido com toda a atenção.

Esta segunda-feira soube-se que o Governo vai privatizar os CTT através da bolsa. De acordo com o jornal "Expresso", o Executivo quer vender na bolsa de valores mais de 50% do capital dos correios. A privatização dos CTT faz parte do acordo com a “troika”.

Na opinião do economista Rui Bárbara, do Banco Carregosa, o Governo poderá ter escolhido a dispersão do capital em bolsa na expectativa de arrecadar mais dinheiro com a venda dos CTT.

Na opinião deste economista, a opção por este tipo de operação prende-se também com a natureza do negócio: enquanto no caso da TAP era desejável uma escala internacional para que a empresa crescesse, no caso dos correios este é um negócio de carácter nacional.

Por seu lado, o grupo Urbanos propõe pagar entre 500 e 600 milhões de euros pelos CTT. O grupo vai concorrer à privatização em parceria com um banco de investimento com base no Dubai, com quem já está a trabalhar em várias áreas.

No final de Setembro, entregaram à Parpública, que reúne as empresas estatais, uma carta de intenções com três cenários.

Preferem a aquisição da totalidade da empresa em venda directa, mas também admitem uma operação no mercado ou a possibilidade do Estado manter uma participação mínima, na casa dos 20%.