Ministro da Defesa: manifestação dos polícias até correu bem

07 mar, 2014

Aguiar-Branco reconheceu o direito à manifestação, mas advertiu que os sacrifícios pedidos aos portugueses são transversais e que em matéria de salários e pensões não pode haver tratamento diferenciado.

O ministro da Defesa considera que a manifestação Polícias, frente ao Parlamento, decorreu dentro de um quadro de normalidade. Aguiar-Branco é o primeiro membro do Governo a falar sobre o protesto de quinta-feira.

“Aquilo que nos chegou através da comunicação social mostrou uma situação que foi exercitada dentro da normalidade”, disse aos jornalistas no final de uma visita ao Colégio Militar, em Lisboa.

O ministro reconheceu o direito de os polícias se manifestarem mas advertiu que os sacrifícios pedidos aos portugueses são transversais e que em matéria de salários e pensões não pode haver tratamento diferenciado.

"Entre dois portugueses que têm sofrido um corte salarial ou um problema de afectação de uma reforma, o facto de ser um português militar, um polícia ou professor não pode ter um tratamento diferenciado como é óbvio, porque somos todos iguais nessa situação", afirmou Aguiar-Branco.

O ministro falava no final desta visita após questionado sobre se as revindicações das forças de segurança, que se manifestaram quinta-feira frente ao Parlamento, serão ouvidas pelo Governo.

José Pedro Aguiar-Branco afirmou que "a questão é transversal" e atinge todos os setores, não estando "focalizada num sector" em particular, seja "polícias ou militares", considerando que deve haver "solidariedade" no que toca às exigências "para ultrapassar a crise".