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Passos Coelho quer pôr travão à sinistralidade rodoviária

16 nov, 2012 • João Pedro Vitória

Governo vai alterar o Código da Estrada, impondo a redução da velocidade máxima em zonas residenciais, entre outras medidas.

Passos Coelho quer pôr travão à sinistralidade rodoviária

O primeiro-ministro quer que, daqui por três anos, Portugal esteja entre os dez países da União Europeia com menor taxa de mortalidade nas estradas.

O desejo foi manifestado esta quinta-feira, no lançamento de uma campanha "Década de Ação sobre Segurança Rodoviária", do Automóvel Clube de Portugal (ACP), oportunidade para Pedro Passos Coelho reiterar que é o Governo quer alterar o Código da Estrada, tornando-o mais exigente.

“Pretendemos reforçar o estatuto do peão e do ciclista, reconhecendo a sua maior vulnerabilidade, protegendo que mais precisa de ser protegido. Queremos introduzir  zonas residenciais com limitações mais exigentes à velocidade”, disse o primeiro-ministro.

Passos Coelho ouviu um recado do presidente do ACP. Carlos Barbosa defende que o Governo deve financiar mais campanhas de prevenção rodoviário com a lançada esta quinta-feira, em Almada.

“A repressão com a caça à multa, por si só, de nada vale se não se mudam hábitos ou comportamentos. É fundamental que o Estado volte a relançar estes projectos e campanhas e não retire verbas deste fundo para outros fins”, declarou Carlos Barbosa.

O lançamento da campanha do ACP decorreu no Cristo Rei. Três dezenas de trabalhadores afectos ao Sindicato da Administração Local esperavam o primeiro-ministro para manifestar o seu descontentamento, mas Pedro Passos Coelho escapou aos assobios por uma estrada de serviço, um caminho de terra batida, sem iluminação.

Passos Coelho fintou os manifestantes e também os jornalistas presentes no local, que tentaram, em vão, questionar o primeiro-ministro sobre outros assuntos que não a sinistralidade rodoviária.

Já Miguel Macedo, o ministro da Administração Interna, falou aos repórteres, mas para dizer que não comenta a posição da Amnistia Internacional sobre a carga policial de quarta-feira, frente à Assembleia da República.