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Governo “empenhado na continuação do projecto” Casa da Música

18 dez, 2012

Secretaria de Estado reage à demissão do conselho de administração daquele espaço cultural da cidade do Porto.

A Secretaria de Estado da Cultura lamenta a renúncia dos administradores da Casa da Música, no Porto e manifesta empenho na continuação do projecto. 
 
"Lamentamos a decisão" manifestada hoje por todos os membros do Conselho de Administração da Casa da Música, no Porto, e "manifestamos o nosso empenho na continuação do projecto", disse fonte do gabinete do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.  

O Estado vai cortar 30% do financiamento para a Fundação Casa da Música, em vez dos 20% acordados em Abril com o anterior secretário de Estado Francisco José Viegas.

Na prática, está em causa um milhão de euros, de um total de oito milhões para assegurar a programação prevista para o próximo ano.
 
Os membros do conselho de administração da Fundação Casa da Música renunciaram, esta terça-feira, aos respectivos mandatos, devido a estes cortes anunciados pelo Governo para 2013, nas transferências de verbas para a Fundação, mas devem manter-se em funções até Março de 2013. A informação foi revelada no final da reunião do conselho de fundadores, em comunicado enviado às redacções. 
 
Os administradores resignaram por considerarem "que deixaram de estar reunidas as condições que, até hoje, garantiram o sucesso da Fundação", lê-se no comunicado. 
 
Todos os administradores - incluindo o administrador delegado Nuno Azevedo - tomaram a decisão, por considerarem que "deixaram de estar reunidas as condições que, até hoje, garantiram o sucesso da Fundação". 
 
Para "evitar que a Fundação Casa da Música fique inoperante", os administradores vão manter-se em funções "até à data da próxima reunião de conselho de fundadores" que, de acordo com os estatutos, vai ter lugar em Março, devendo ser então definida a nova administração. 
 
A demissão foi aceite pelo conselho de fundadores que, em comunicado, afirma ter tomado "conhecimento, com mágoa, da renúncia do Conselho de Administração, motivada pelo incumprimento das perspectivas que lhe foram criadas para o exercício da sua actividade".  
 
O conselho de fundadores "louvou por unanimidade" a administração resignatária, pelo trabalho desenvolvido ao longo dos sete anos de actividade da Casa da Música, no Porto.