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Universitários sem experiência desvalorizam papel das mulheres nas empresas

08 mar, 2013 • Ana Carrilho

O preconceito existe mesmo e consta das conclusões das investigações internacionais. Em Dia Internacional da Mulher, a Renascença falou com uma especialista na Área de Liderança e Gestão de Recursos Humanos.

Os jovens são influenciados pelo que ouvem em casa e muitos deles crescem a pensar que as mulheres não são talhadas para a liderar organizações, mesmo quando já estão na universidade.

“A investigação mostra que os jovens das universidades que nunca trabalharam continuam a acreditar que os homens é que têm o perfil adequado para serem gestores de sucesso”, revela a professora da Universidade Católica Teresa Oliveira, formadora de executivos na Área de Liderança e Gestão de Recursos Humanos.

As mulheres têm, por isso, de se preparar para combater o preconceito com as suas próprias armas: competência, resistência e confiança.

Teresa Oliveira sublinha, aliás, que “as organizações com um perfil mais diverso, geridas de acordo com os seus méritos, apresentam resultados muitíssimos mais positivos, não em termos financeiros e dividendos para os accionistas, mas também em termos de motivação de pessoas”.

Quando o mérito não é privilegiado em detrimento dos grupos, é a organização que perde, alerta ainda a especialista.

Teresa Oliveira não gosta, por isso, dos sistemas de quotas, que, em vez de beneficiar as mulheres, podem prejudicá-las, se não forem criadas condições para privilegiar o mérito.

Em Portugal, as mulheres continuam a ficar fora dos principais lugares de chefia das empresas. Apenas 6% integram os conselhos de administração das principais empresas cotadas em bolsa.