Ministro da Saúde diz ser prematuro rever lei do aborto
29 jun, 2012
CDS avança em Setembro com proposta de introdução de taxas moderadoras para a interrupção da gravidez.
Apesar da recomendação da inspecção-geral das actividades em saúde, no sentido de criar taxas moderadoras, Paulo Macedo considera que é prematuro mexer na mexer na lei.
Paulo Macedo expressou a sua opinião à margem de uma visita ao Martim Moniz, junto ao edifício onde, até ao final do ano, vai nascer um novo centro de saúde para servir a Baixa e a Mouraria.
A notícia surge no dia em que se soube que o CDS vai mesmo avançar com uma proposta de introduzir taxas moderadoras para quem faz abortos, já depois das férias, em Setembro.
O PSD, que apenas admite a aplicação de taxas para "moderar" a prática "reincidente" do aborto, encarada como uma "perversão da lei", ainda não tem "a questão fechada" quanto à eventual apresentação de uma iniciativa, disse à Lusa o vice-presidente da bancada Miguel Santos.
Nem PSD nem CDS-PP colocam a questão de novo referendo à IVG. Na próxima semana, o tema voltará à Assembleia da República através de uma petição da iniciativa da Federação Portuguesa pela Vida, que pede a "avaliação da realidade do aborto em Portugal".