Greve provoca atrasos em algumas partidas no aeroporto de Lisboa

15 ago, 2013

Sindicato diz que o protesto dos trabalhadores da Groundforce está a ter uma adesão entre 80% e 100%. No entanto, a greve ainda não motivou nenhum cancelamento de voo.

A greve dos trabalhadores da Groundforce está a provocar atrasos ligeiros em algumas partidas no aeroporto de Lisboa. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) diz que a situação só não é pior porque a empresa convocou um "batalhão" de trabalhadores precários para substituírem os que estão em protesto.

De acordo com a página da ANA na internet, os restantes aeroportos nacionais trabalham dentro da quase normalidade.

O dirigente do sindicato revela que a greve está a ter uma adesão entre 80% e 100%, o que está a impedir a saída dos voos dentro do horário e a provocar algum congestionamento no Aeroporto de Lisboa. "Ainda não saiu um único voo dentro do horário. Os atrasos variam, há atrasos menores, atrasos de 10 e 15 minutos, e atrasos que vão até 40 ou 50 minutos", disse Fernando Henriques , cerca das 8h30, acrescentando que, "previsivelmente, ao longo da manhã e resto do dia os efeitos vão ser agravados".

No entanto, a greve ainda não motivou nenhum cancelamento de voo. "Normalmente, os cancelamentos dão-se mais para o final da tarde, devido a um certo efeito dominó: os voos vão saindo atrasados, depois chegam atrasados e com as ligações gera-se irregularidades que podem levar ao cancelamento dos voos", explicou.

Quanto aos constrangimentos que a paralisação está a gerar no Aeroporto de Lisboa, Fernando Henriques disse ser visível algum congestionamento no check-in, na área das bagagens e na própria placa para os aviões saírem, o que é "inevitável".

O sindicalista acusou a Groundforce de ter convocado um "batalhão" de trabalhadores precários para substituírem os que estão em greve, sob intimação de não abandonarem o local de trabalho sem autorização do supervisor, situação que o sindicato diz ter denunciado na quarta-feira à Inspecção do Trabalho.

A Groundforce é a empresa responsável pelo handling e que opera com várias companhias aéreas, incluindo a TAP. 

O dirigente do SITAVA lembra que na base do protesto estão questões relacionadas com a carga horária.