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CGTP classifica de “baixo nível” as declarações do líder da UGT

14 jun, 2014

Carlos Silva chamou “organização autofágica” à CGTP. “A autofagia é uma coisa parecida com canibalismo”, explicou o secretário-geral da UGT. É a segunda vez que Carlos Silva ataca a outra central sindical.

CGTP classifica de “baixo nível” as declarações do líder da UGT
O líder da CGTP, Arménio Carlos, considera as declarações proferidas este sábado pelo secretário-geral da UGT uma manobra de diversão.

“Nós não respondemos a declarações de baixo nível, como essas que hoje foram proferidas. Para nós só têm um significado: procuram desviar as atenções dos trabalhadores e das trabalhadoras, assim como do povo português, da ofensiva que tem sido desencadeada contra os trabalhadores, nomeadamente a proposta de alteração da contratação colectiva, com vista à sua destruição e também a uma nova redução da retribuição”, afirmou Arménio Carlos aos jornalistas durante uma manifestação no Porto, organizada pela CGPT para pedir a demissão do Governo e exigir eleições antecipadas.

“O que a UGT tem de dizer aos trabalhadores e ao povo é se está contra esta proposta ou a favor”, acrescentou, questionando ainda: “A UGT está disponível para colaborar com o Governo e com os patrões na destruição da contratação colectiva e na redução da retribuição ou está contra? É só disso que se trata. É sobre isso que a UGT tem de responder”.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, acusou este sábado a CGTP de ser uma “organização autofágica, amarrada a princípios político-partidários e assente numa política de destruição”.

“A autofagia é uma coisa parecida com canibalismo, mas são aqueles que se comem a si próprios, que se destroem por dentro, que põem em causa o mérito do seu trabalho, porque é de sindicalistas e de sindicatos que estamos a falar, que têm todos uma mesma virtude que é defender os trabalhadores”, afirmou em Vila Nova de Cerveira.

A acusação, explicou, surge na sequência das reuniões de concertação social em torno das propostas de alteração da lei da contratação colectiva, após a decisão do Governo de abdicar do último reembolso do programa de assistência financeira.

Esta é a segunda vez que Carlos Silva profere palavras de crítica contra a intersindical. Na semana passada, questionou o papel da CGTP na concertação social.