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Abusos na Igreja. Grupo Vita acredita num acordo sobre reparações financeiras na próxima semana

04 abr, 2024 - 14:22 • Henrique Cunha

Coordenadora do Grupo Vita revela à Renascença que está a ser ultimada resposta à última proposta da Conferência Episcopal Portuguesa. Rute Agulhas admite ser possível consensualizar "um modelo de reparações financeiras" na próxima semana, altura em que os bispos portugueses se reunem em Assembleia Plenária.

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Rute Agulhas: Grupo Vita acredita num acordo sobre reparações financeiras na próxima semana

Rute Agulhas, coordenadora do Grupo Vita, revela à Renascença que ainda esta quinta-feira “deve ser ultimada a resposta” à última proposta da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) sobre indemnizações às vítimas de abusos sexuais.

A responsável lembra que os bispos portugueses iniciam na segunda-feira a sua Assembleia Plenária, que inclui na sua agenda a questão dos abusos de menores e adultos vulneráveis, e manifesta a esperança de ser possível, durante a próxima semana, haver um entendimento sobre “o modelo de reparações financeiras”.

“A CEP pediu-nos que revíssemos a proposta que já havíamos apresentado em fevereiro, sobre como é que este modelo de reparação financeira pode ser concretizado. E esta semana apresentou-nos uma outra proposta com algumas alterações e estamos ao dia de hoje a ultimar a análise dessa proposta para podermos dizer à CEP aquilo que merece o nosso acordo", adianta a coordenadora do Grupo Vita.

"A minha expectativa é que, durante a próxima semana, se possa chegar a um consenso e a um acordo relativamente aos passos e à forma de concretizar e de operacionalizar o modelo das reparações financeiras”, acrescenta Rute Agulhas.

A coordenadora do Grupo Vita considera “prematuro” falar-se de valores das indeminizações. A responsável reafirma que o Grupo Vita defende um modelo casuístico de análise. “Cada caso é um caso e cada situação tem de ser avaliada em concreto, as suas especificidades, as situações vivenciadas e o impacto dessas mesmas situações na pessoa; pelo que o nosso modelo foi e continua a ser o modelo casuístico”, defende Rute Agulhas.

De acordo com informação revelada esta quinta-feira pelo Grupo Vita, há 19 alegadas vítimas de abusos que querem ser indemnizadas pela Igreja, num universo de 86 denúncias recebidas. Rute Agulhas admite ser natural que “à medida que o tempo vai passando este número de 19 vá também ele aumentando”.

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