21 mar, 2016 - 23:39
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Cuba tem mesmo presos políticos e há listas com nomes, afirma um conselheiro do Presidente norte-americano, Barack Obama.
“Eu partilhei muitas destas listas com o Governo cubano durante dois anos e meio”, disse aos jornalistas Ben Rhodes, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca.
O Presidente de Cuba foi confrontado esta segunda-feira com a questão dos presos políticos, numa conferência de imprensa conjunta com Barack Obama, que está de visita a Havana.
Raúl Castro desafiou o jornalista a apresentar-lhe uma lista de presos políticos e, se fosse verdade, seriam todos libertados.
"Dá-me a lista com o nome desses presos. Serão libertados até ao final do dia", declarou o líder cubano ao lado do seu homólogo norte-americano, depois de já ter pedido o fim do embargo e a devolução de Guantanamo.
O relatório 2015/2016 da Amnistia Internacional (AI), sobre o estado dos direitos humanos no mundo, denuncia “milhares de casos de assédio a críticos do Governo e de prisões e detenções arbitrárias”.
O motivo destas detenções prende-se com a tentativa de “exercerem seu direito à liberdade de expressão, associação, reunião e movimento”.
A Amnistia cita números da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), que registou e documentou “mais de 8.600 detenções politicamente motivadas” de activistas e adversários do Governo dos irmãos Castro, durante o ano passado.