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Jorge Simão e o FC Porto-Boavista: "É muito improvável ganhar, mas não é uma missão impossível"

11 mai, 2024 - 14:02 • Lusa

O Boavista não vence há mais de dois meses, quando bateu, em casa, o Moreirense.

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O treinador do Boavista, Jorge Simão, lembra as casas de apostas desportivas para notar que "é muito improvável" ganhar no terreno do FC Porto, no domingo, na 33.ª jornada da I Liga de futebol, "mas não é impossível".

O Boavista não vence há mais de dois meses, quando bateu, em casa, o Moreirense (1-0, a 9 de março), somando desde aí apenas três empates e quatro derrotas.

Para Jorge Simão, este "é o verdadeiro dérbi da cidade e emocionalmente mexe com os jogadores".

"Espero um jogo intenso, nenhuma equipa tem ainda os seus objetivos alcançados. É uma oportunidade para irmos à luta e conquistar pontos que tão importantes são para nós", disse este sábado, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo.

O Boavista tem roubado pontos no Dragão nas últimas épocas e isso "pode servir de estímulo" por poder estar "na memória dos jogadores", notou Jorge Simão, que deu ainda o exemplo das casas de apostas desportivas para motivar os seus atletas.

"É muito improvável ganhar, mas não é uma missão impossível. Tenho sempre o cuidado de ir ver as casas de apostas, porque eles baseiam-se em factos concretos: temos 5% de probabilidades de ganhar e 20% de empatar", disse.

A equipa tem seis jogadores 'à bica' - Chidozie, Filipe Ferreira, Abascal, Vukotic, Makouta e Bozenik -, que se levarem cartão amarelo no Dragão falham o jogo da última jornada, com o Vizela, último classificado e já despromovido.

O treinador não quis afirmar se vai fazer uma gestão desses jogadores para os ter disponíveis para o último jogo, mas admitiu que "é uma situação que merece ponderação".

"Não estou a querer dizer o que vou fazer, se coloco ou retiro. Na minha cabeça, acho que está claro, mas é a única que sabe, nem os jogadores sabem ainda", reconheceu.

Mesmo perdendo, no domingo, com o FC Porto, e no caso do Portimonense, que ocupa atualmente o lugar do play-off, vencer os seus dois jogos, o Boavista garante praticamente a manutenção se vencer, em casa, o Vizela.

O resultado entre as duas equipas foi o mesmo, com uma vitória fora de portas por 4-1 para ambas, mas, neste momento, os 'axadrezados' têm vantagem no confronto direto graças a uma confortável vantagem na diferença de golos (13 golos de diferença favorável aos do Bessa entre os marcados e sofridos).

Jorge Simão não considera que este facto retire pressão ao Boavista para o dérbi da cidade do Porto.

"Na minha cabeça, não passa desvalorizar o jogo de amanhã [domingo] e tenho que mobilizar os jogadores para isto. O jogo de amanhã [domingo] é importante para nós e uma oportunidade para conquistar pontos que podem ser muito importantes no final. Não há mais nada para além do jogo de amanhã [domingo], ponto", reforçou.

Fary Faye, antigo jogador, diretor desportivo e desde há cerca de um ano administrador da SAD das 'panteras', assumiu, na terça-feira, a liderança da sociedade anónima desportiva depois da saída de Vítor Murta, a quem deixou uma "palavra de agradecimento" pelo "bom trabalho" que considera ter feito no Boavista.

"Trouxe energia. O Fary, o presidente Fary, representa o que é o Boavista, tem muitos anos de casa, como jogador e dirigente, e representa a mística e a cultura deste clube. Essa mística tem muito a ver com o facto de ter nascido e crescido numa cidade juntamente com o FC Porto e com uma mentalidade muito forjada nas dificuldades e na luta constante contra as adversidades", notou.

Chidozie está de regresso às opções depois de cumprir castigo, mas Bruno Onyemaechi e Bozeník, lesionados, não contam para Jorge Simão.

Boavista, 14.º classificado, com 31 pontos, e FC Porto, terceiro, com 66, defrontam-se a partir das 20:30 de domingo, no Estádio do Dragão, no Porto, num jogo que será arbitrado por Artur Soares Dias, da associação de futebol do Porto.

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