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Milhares exigem demissão de Netanyahu frente ao parlamento de Israel

20 mai, 2024 - 21:50 • Lusa

Desde o início do atual conflito na Faixa de Gaza que têm decorrido protestos quase todos os fins de semana em diversas zonas de Israel para exigir a demissão de Netanyahu e eleições antecipadas.

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Milhares de manifestantes israelitas concentraram-se esta segunda-feira nas ruas frente ao Knesset (parlamento) em Jerusalém para exigir a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a convocação de eleições antecipadas.

"Tu és o líder. És o culpado", gritaram os manifestantes, muitos provenientes de outras zonas do país para integrar uma caravana lenta que provocou atrasos na entrada da cidade.

Também participaram no protesto, que coincide com o regresso dos trabalhos parlamentares após uma pausa de primavera de seis semanas familiares dos reféns israelitas em Gaza que exigem um acordo de cessar-fogo com o grupo islamista palestiniano Hamas para a libertação dos sequestrados.

Desde o início do atual conflito no enclave palestiniano em 7 de outubro de 2023 que têm decorrido protestos quase todos os fins de semana em diversas zonas de Israel para exigir a demissão de Netanyahu e eleições antecipadas.

O protesto de hoje ocorre no dia em que o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, anunciou o pedido de emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, pela guerra em Gaza, e contra os chefes do Hamas Yahya Sinwar, Mohammed Al-Masri e Ismail Haniyeh.

Ao reagir à decisão, Netanyahu acusou a instituição de "antissemitismo" por comparar "os monstros do Hamas com os soldados das Forças de Defesa de Israel, o Exército mais moral do mundo".

Mais de 35.500 pessoas, na maioria crianças, mulheres e idosos, foram mortos pelas forças israelitas desde 7 de outubro, e cerca de 80.000 feridas. Calcula-se ainda que pelo menos 10.000 corpos permanecem soterrados nos escombros sem possibilidade de acesso das equipas de resgate e médicas, segundo dados do ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

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