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Moedas dá posse a novos 25 polícias municipais e anuncia nova esquadra em Lisboa

20 mai, 2024 - 13:28 • Lusa

Carlos Moedas diz que apesar de não ter "aumentado o número de crimes" cometidos na cidade, houve um "aumento da violência com que são praticados", reconhecendo ser "um problema para a cidade".

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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, deu esta segunda-feira posse aos novos 25 elementos da Polícia Municipal, reconhecendo o défice existente, e anunciou uma nova esquadra da polícia a abrir "muito em breve" na Praça das Flores.

Numa cerimónia que decorreu nos Paços do Concelho, em Lisboa, Carlos Moedas reconheceu o défice existente em número de operacionais, já que o município conta com 400 agentes da Polícia Municipal e, de acordo com o autarca, "deveriam ser 600 para dar segurança e serenidade à cidade".

"Tínhamos pedido ao Governo anterior, e tinha sido acordado, mais 200, estes são apenas mais 25 e precisamos, pelo menos, de mais 200 porque há muitos que se estão a reformar e a sair das forças de segurança", explicou Carlos Moedas.

De acordo com o autarca, a importância deste novo efetivo trata "da capacidade de defender os lisboetas, estar presente, dar serenidade às pessoas e, sobretudo ter o maior ativo de uma cidade: a segurança".

"Vejo pouca polícia na rua, pouca PSP, também precisamos não só da Polícia Municipal, mas também de PSP. Precisamos de mais proximidade, precisamos de mais esquadras", reconheceu Carlos Moedas, criticando que muitas esquadras tenham sido retiradas no passado com o argumento de que a polícia iria estar mais presente nas ruas "e isso não é verdade", lamentou.

Carlos Moedas aproveitou a ocasião para anunciar que irá abrir uma nova esquadra da polícia - que será mista, juntando PSP e Polícia Municipal -, na Praça da Alegria, junto à Avenida da Liberdade, um dos locais de Lisboa que tem apresentado vários problemas ultimamente, segundo explicou aos jornalistas.

"Dentro das próximas semanas vamos conseguir [a abertura da nova esquadra], há sempre uma questão burocrática, mas a ordem do presidente já foi dada", avançou o autarca, sublinhando ter o apoio do comandante da Polícia Municipal, José Figueira, também presente na cerimónia, e também o aval da PSP.

Segundo Carlos Moedas os novos elementos "são agentes e oficiais da PSP que entram agora na Polícia Municipal", com especialidades na área do trânsito e mobilidade, além de polícias comunitários, com experiência no policiamento de proximidade nos bairros.

O autarca quis ainda desmistificar o mito de que a Polícia Municipal "não atua em crimes", frisando que são "agentes de autoridade que fazem de tudo um pouco na cidade".

"A Polícia Municipal não é apenas uma policia administrativa, não pode dar a imagem de que não atua em crimes, já que estão a tratar da segurança todos os dias", disse, lembrando que "devem atuar quando há um ladrão para apanhar".

Carlos Moedas adiantou também que, apesar de não ter "aumentado o número de crimes" cometidos na cidade, houve um "aumento da violência com que são praticados", reconhecendo ser "um problema para a cidade".

"Aquilo que sinto é que em certas zonas da cidade, na Avenida da Liberdade, por exemplo, tenho [recebido] todos os dias chamadas de comerciantes e restaurantes e também relatos de turistas de que são ameaçados em plena avenida", disse.

O autarca reiterou ainda ter um Conselho de Segurança, que lhe transmite regularmente dados, sendo que os últimos dados disponíveis apontam para a existência de menos crimes, mas realizados com mais violência.

"É muito preocupante ser com mais violência. Continuamos a ser uma cidade muito segura, mas pode levar-nos para outros caminhos e por isso vamos atuar", afiançou.

Para o comandante da Polícia Municipal, José Figueira, estes novos 25 elementos "têm uma função muito importante na segurança da cidade de Lisboa, em complemento com a PSP".

Segundo aquele responsável, estes agentes vão desempenhar funções na prevenção e fiscalização rodoviária, fiscalização de estabelecimentos abertos ao público, mercados e feiras e também integrar o projeto de policiamento comunitário, que, referiu, "tem aproximado muito a polícia dos cidadãos nos mais diferentes bairros de Lisboa".

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