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Papa Francisco: “Não faltam cãezinhos e gatos, mas faltam os filhos”

10 mai, 2024 - 09:53 • Aura Miguel

Intervenção nos “Estados gerais da natalidade”, no Vaticano. Francisco pediu políticas de natalidade eficazes e “opções corajosas, concretas e a longo prazo”, avisando que descuidar dos idosos e dos avós “é verdadeiro um suicídio cultural”.

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“Sem crianças e jovens, um país perde o seu desejo de futuro”, disse esta sexta-feira o Papa, num encontro em Roma sobre “Estados gerais da natalidade”.

Francisco avisou que o número de nascimentos é o primeiro indicador da esperança de um povo, mas lamentou as opções de muitos italianos e europeus.

“As casas enchem-se de objectos e esvaziam-se de filhos, tornado-se lugares muito tristes. Não faltam cãezinhos e gatos, mas faltam os filhos."

“O problema do nosso mundo não são as crianças que nascem, são o egoísmo, o consumismo e o individualismo que tornam as pessoas saciadas, sós e infelizes”, acerscentou o Santo Padre.

O Papa sublinhou também que “a vida humana não é um problema, é um dom”, mas é “o egoísmo que cria injustiças e estruturas de pecado, ao ponto de afetar os próprios sistemas sociais, económicos e políticos”.

Francisco pediu políticas de natalidade eficazes e “opções corajosas, concretas e a longo prazo” e avisou que descuidar dos idosos e dos avós “é verdadeiro um suicídio cultural”.

Papa o Papa, fundamental é também promover, a nível social, “uma cultura da generosidade e da solidariedade intergeracional”.

Aos jovens, Francisco pediu coragem para que “não se rendam a um guião já escrito por outros, mas ponham-se a remar para inverter a rota, mesmo à custa de ir contracorrente".

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