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China anuncia medidas legais contra actividades separatistas em Taiwan

15 mai, 2024 - 09:25 • Lusa

Um porta-voz sublinhou que o separatismo "trai o bem-estar nacional e desvia-se do desejo do povo", pondo em perigo a "soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento" do país.

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O governo chinês anunciou esta quarta-feira a criação de "medidas legais para punir severamente as pessoas envolvidas em atividades separatistas e que incitam à divisão do país", em referência àqueles que Pequim considera apoiantes da independência de Taiwan.

O porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (Executivo) da China, Chen Binhua, declarou, em conferência de imprensa, que está "preocupado com a posição intransigente do Partido Democrático Progressista (DPP) relativamente à independência", poucos dias antes da tomada de posse do Presidente eleito William Lai, considerado um "desordeiro" por Pequim.

O porta-voz sublinhou que o separatismo "trai o bem-estar nacional e desvia-se do desejo do povo", pondo em perigo a "soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento" do país.

Chen denunciou os esforços de certos grupos em Taiwan para "procurar apoio externo e provocar deliberadamente confrontos e oposição entre os dois lados do estreito, dificultando e impedindo o intercâmbio e a interação normais".

"A situação no Estreito de Taiwan é tensa e volátil", afirmou. "Não toleraremos, não seremos indulgentes nem passivos face a tais ações", acrescentou.

As novas medidas legais, que não foram detalhadas pelo porta-voz, são "especificamente dirigidas a um pequeno número de separatistas e às suas atividades" e "não afetam os cidadãos taiwaneses em geral".

Chen apelou aos cidadãos taiwaneses para que "se mantenham fiéis ao bem-estar nacional" e "sigam a tendência histórica", reconhecendo o "perigo extremo do separatismo".

Nas últimas horas, Taiwan detetou a presença de 45 aviões militares chineses em torno da ilha, o número mais elevado desde setembro do ano passado.

Desde as eleições presidenciais de 13 de janeiro, em que Lai - considerado um "independentista" aos olhos de Pequim - venceu com 40% dos votos, a China intensificou a sua pressão sobre a ilha de Taiwan, que considera uma província rebelde para cuja "reunificação" não exclui o recurso à força.

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