A+ / A-

Iron Dome. A "Cúpula de Ferro" que defendeu Israel dos drones e mísseis do Irão

14 abr, 2024 - 20:20 • Ricardo Vieira, com Reuters

As forças armadas israelitas garantem que conseguiram travar 99% dos projéteis disparados a partir de território iraniano.

A+ / A-

Iron Dome, Funda de David e Arrow. Israel usou um escudo de defesa de múltiplas camadas para bloquear o ataque sem precedentes do Irão, com mais de 300 drones e mísseis, em várias vagas, no espaço de poucas horas.

As forças armadas israelitas garantem que conseguiram travar 99% dos projéteis disparados a partir de território iraniano.

O sistema avançado antiaéreo inclui mísseis a famosa "Cúpula de Ferro", um sistema de curto alcance, e mísseis Arrow-2 e Arrow-3 de longo alcance.

Israel tem vindo a aperfeiçoar as suas defesas aéreas desde que foi alvo de uma “chuva” de mísseis Scud iraquianos na Guerra do Golfo, em 1991, e mais recentemente dos foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza.

Arrow

Os sistemas Arrow-2 e Arrow-3 de longo alcance, desenvolvidos por Israel para travar a ameaça iraniana, foram projetados para interceptar mísseis balísticos fora da atmosfera terrestre. Usam uma ogiva destacável que colide com o alvo.

Opera a uma altitude que permite a dispersão segura de quaisquer ogivas não convencionais.

A empresa estatal israelita Aerospace Industries ISRAI.UL é a principal responsável pelo projeto, enquanto a Boeing BA.N está envolvida na produção dos Arrow.

A 31 de outubro do ano passado, as Forças Armadas de Israel anunciaram que utilizaram o sistema de defesa aérea Arrow pela primeira vez desde o início da guerra com o movimento palestiniano Hamas, a 7 de outubro, para derrubar um míssil disparado do Mar Vermelho em direção ao seu território.

A Alemanha assinou, em setembro de 2023, uma carta de compromisso com Israel para adquirir o sistema de defesa antimíssil Arrow-3, por quase 4 mil milhões de euros.

Iron Dome

O sistema de defesa antiaérea Iron Dome (Cúpula de Ferro) de curto alcance foi construído para intercetar o tipo de foguetes disparados pelo movimento palestiniano Hamas a partir da Faixa de Gaza.

Desenvolvido pela Rafael Advanced Defense Systems, com apoio dos EUA, a Iron Dome começou a funcionar em 2011. Instalada num camião, cada unidade dispara mísseis guiados por radar para fazer explodir no ar ameaças de curto alcance, como foguetes, morteiros e drones.

Israel enviou duas baterias Iron Dome para os Estados Unidos, em 2020, e a Ucrânia também pretende contar com o sistema para proteção contra os mísseis russos.

Uma versão naval da Iron Dome para proteger navios e recursos marítimos começou a funcionar em 2017.

O sistema determina rapidamente se um foguete está a caminho de atingir uma área habitada. Caso contrário, o foguete será ignorado e poderá cair numa zona desabitada.

A Iron Dome foi originalmente anunciada como garantindo cobertura a uma cidade contra foguetes com alcance entre 4 e 70 quilómetros. No entanto, a sua capacidade já foi expandida nos últimos anos.

David's Sling (Funda de David)

O nome deste sistema é inspirado no episódio bíblico de David e Golias. A “David’s Sling” (Funda de David) é outro sistema defensivo de Israel desenhado para abater mísseis balísticos disparados a distâncias entre 100 a 200 quilómetros de distância.

Desenvolvido e fabricado em parceria entre a empresa israelita Rafael Advanced Defense Systems e a norte-americana Raytheon Co., a “Funda de David” também tem a capacidade de intercetar aviões, drones e mísseis de cruzeiro.

Sistema defensivo a laser

Os sistemas defensivos aéreos de Israel para abater as ameaças são dispendiosos na ordem dos milhares de milhões de dólares. Mas Israel está a desenvolver um sistema baseado em laser para neutralizar foguetes e drones inimigos a um custo estimado de apenas dois dólares por interceção.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+