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Afeganistão. Chuvas torrenciais provocam pelo menos 50 mortos e 36 feridos

16 abr, 2024 - 08:59 • Lusa

Inundações e deslizamento de terras causaram a destruição total e parcial de 706 casas e a danificação de mais de 1.600 habitações, afirma fonte do Governo talibã.

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O número de mortos em incidentes relacionados com as chuvas torrenciais que atingiram o Afeganistão desde sexta-feira aumentou para 50 e o de feridos para 36, informou esta terça-feira um responsável do Governo talibã.

"Segundo relatórios dos ministérios competentes, desde sexta-feira, 50 pessoas morreram e outras 36 ficaram feridas devido às fortes chuvas, inundações repentinas e desabamento de casas", disse à agência EFE o porta-voz do Ministério de Gestão de Desastres, Janan Sayeq.

As chuvas intensas, que afetaram 15 das 34 províncias afegãs, causaram a destruição total e parcial de 706 casas e mais de 1.600 habitações ficaram danificadas devido a inundações ou deslizamentos de terra, acrescentou Sayeq.

O Departamento de Meteorologia do Ministério dos Transportes e Aviação afegão estimou, no seu último relatório, que as chuvas intensas e inundações repentinas em diferentes províncias do Afeganistão persistirão nos próximos dias.

As fortes chuvas provocam frequentemente inundações repentinas e deslizamentos de terras nas zonas mais montanhosas do Afeganistão, devido, entre outras razões, às más infraestruturas após décadas de conflito armado e aos frágeis edifícios de adobe onde reside uma grande parte da população.

O Afeganistão é um dos países do mundo mais afetados pelas alterações climáticas e o menos preparado para se adaptar a uma maior frequência de fenómenos meteorológicos adversos, segundo um relatório do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).

À interrupção de grande parte da ajuda internacional e ao congelamento dos fundos do país desde que os talibãs tomaram o poder em Cabul, em agosto de 2021, acrescenta-se a falta de reconhecimento internacional, ao mesmo tempo em que os fundamentalistas aplicam medidas altamente criticadas, como o aumento das restrições às mulheres afegãs ou o regresso das execuções públicas.

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