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Lisboa

Moedas insiste em ter um representante na nova Mesa da Santa Casa

17 mai, 2024 - 16:51 • Cristina Nascimento com Lusa

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa considera que o novo provedor é uma "pessoa competente".

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O presidente da Câmara de Lisboa insistiu esta sexta-feira na nomeação de um representante da autarquia para a nova Mesa da Santa Casa da Misericórdia, para que ambas as instituições possam voltar a coordenar políticas na área da ação social. Carlos Moedas salientou que espera poder "recomeçar" a parceria entre a câmara e a SCML na área social, "que nos últimos anos tem sido difícil".

"É bom que se saiba que [em Lisboa] a Segurança Social delega o poder da ação social na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Mas nós também aí complementamos com a Câmara Municipal com todo o investimento que fazemos na área social", disse, salientando que este investimento da autarquia tem de ser coordenado com o Estado central.

Carlos Moedas tem afirmado que a CML precisa de mais ajuda da SCML e realçado, ainda, que nos últimos anos não tem existido coordenação, "infelizmente", entre a autarquia e a Santa Casa, porque "houve uma decisão do Governo Central" de António Costa em não incluir um membro da Câmara Municipal na Mesa.

"Eu, como presidente da Câmara, exijo a este Governo aquilo que exigi ao Governo anterior. Não há qualquer diferença. Eu exigi ao anterior Governo que a Câmara Municipal estivesse representada com um administrador executivo da SCML. (...) Espero poder indicar alguém que seja uma pessoa que faça a articulação com a Câmara de Lisboa, que é um administrador executivo que esteja na Santa Casa. É isso que eu peço ao Governo", salientou.

Sobre o novo provedor da Santa Casa, Paulo Alexandre Sousa, Moedas lembra que é uma "escolha do governo" e considerou que é "uma pessoa muito competente".

"Desejo-lhe o melhor porque a Santa Casa da Misericórdia é o parceiro social da Câmara Municipal", insistiu.

Questionado pela Renascença sobre se está preocupado com a situação financeira da Santa Casa, o autarca de Lisboa remete para o Governo, optando por dizer que preocupa-o "o aumento, por exemplo, na situação das pessoas em situação de sem abrigo" e reconhecendo que começaram "a ver que as respostas não estavam a ser dadas por parte da Santa Casa".

"Comuniquei isso à Santa Casa, há mais de dois anos que tenho assinalado esse problema. A Câmara tem aumentado o seu investimento, mas precisamos da Santa Casa da Misericórdia", rematou.

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