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Papa aos católicos da China: “Que a paz vença sempre e em todo o lado”

21 mai, 2024 - 10:12 • Aura Miguel

Francisco quis também sublinhar que “quem segue Jesus ama a paz e encontra-se junto com todos aqueles que trabalham pela paz, num tempo em que vemos em ação forças desumanas que parecem querer acelerar o fim do mundo”.

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Na China, “a fé foi a bússola que mostrou o caminho ao longo deste tempo, antes e depois do Concílio de Xangai, até hoje”, disse o Papa numa mensagem aos participantes do Congresso Internacional organizado pela Universidade Urbaniana, em Roma, sobre o tema “100 anos do Concílio Sinense: entre história e presente”.

“O caminho da Igreja ao longo da história passou e passa por caminhos inesperados, mesmo em tempos de paciência e de provação”, recordou Francisco. E, na China, a fé “foi a bússola que mostrou o caminho ao longo deste tempo, antes e depois do Concílio de Xangai, até hoje”.

Sem se referir às divisões e dificuldades que ainda existem naquele país, relacionadas com a liberdade religiosa e o apertado controle do Estado sobre a actividades pastorais da Igreja, o Santo Padre disse apenas que “os católicos chineses, em comunhão com o Bispo de Roma, caminham no tempo presente” e, no contexto em que vivem, “testemunham também a sua fé com obras de misericórdia e de caridade, dando assim um contributo real para a harmonia da convivência social, para a construção da casa comum”.

Francisco quis também sublinhar que “quem segue Jesus ama a paz e encontra-se junto com todos aqueles que trabalham pela paz, num tempo em que vemos em ação forças desumanas que parecem querer acelerar o fim do mundo”. E, recordando o que se passou há 100 anos, no Concílio de Xangai, o Papa afirma: “Também nós, tal como os Padres Conciliares de Xangai, podemos olhar para o futuro e sugerir também hoje a toda a Igreja novos caminhos e caminhos abertos a percorrer com audácia para anunciar e testemunhar o Evangelho no presente”.

Há 100 anos, no final daquele Concílio, os participantes foram em peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Sheshan, perto de Xangai, ainda hoje referência mariana para todo o país. Trata-se do Santuário nacional dedicado a Maria Auxiliadora, cuja festa se assinala a 24 de maio.

“A Igreja no mundo inteiro rezará com os irmãos e irmãs da Igreja na China, como foi solicitado pelo Papa Bento XVI na sua Carta aos católicos chineses”, recorda hoje o Papa Francisco que, deste modo, se une aos fiéis da China: “Idealmente, também subo a colina Sheshan. E todos juntos confiamos a Nossa Senhora, Auxiliadora dos Cristãos, os nossos irmãos e irmãs na fé que estão na China, todo o povo chinês e todo o nosso pobre mundo, pedindo a sua intercessão, para que a paz vença sempre em todo o lado”.

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