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OMS avisa que mais de metade dos países terão risco elevado de surto de sarampo até ao fim de 2024

20 fev, 2024 - 16:40 • Lusa

O ressurgimento do sarampo, vírus contagioso que pode ser fatal, deve-se à baixa cobertura vacinal durante a pandemia da covid-19, afirma a OMS.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu esta terça-feira que mais de metade dos países do mundo poderão ser classificados como de risco elevado de surto de sarampo até ao final de 2024, devido ao aumento generalizado de casos.

Segundo a OMS, o número de casos de sarampo declarados no mundo aumentou 79% em 2023, para mais de 306 mil casos, face a 2022.

O ressurgimento do sarampo, uma doença contagiosa de origem viral e que pode ser fatal, é atribuído à baixa cobertura vacinal durante a pandemia da covid-19.

O número de países com surtos de alto risco, com uma incidência superior a 20 casos por cada milhão de habitantes, aumentou de 32 em 2022 para 51 em 2023, de acordo com a agência da ONU.

Uma vez que em muitas situações as infeções e mortes não são notificadas ou não são associadas ao sarampo, a OMS estima que, na realidade, houve 9,2 milhões de contágios e mais de 136 mil mortes em 2022 (o que representa neste último caso um aumento de 43% de óbitos face a 2021).

De acordo com a OMS, 92% das crianças que morrem de sarampo correspondem a 24% da população mundial, a maioria de países mais pobres.

A OMS salienta que a prevenção do sarampo a nível mundial implica que 95% das crianças recebam duas doses da vacina.

Contudo, a cobertura vacinal no mundo situa-se nos 83% e não regressou aos 86% de 2019, ano em que foi detetado na China o coronavírus que causa a doença respiratória pandémica covid-19.

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