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Insultos e um vaso atirado contra a arruada do PS. Pedro Nuno Santos pede serenidade e respeito

03 mar, 2024 - 18:16 • Susana Madureira Martins com Lusa

Arruada do PS em Guimarães ficou marcada por incidente. Um homem atirou de uma varanda de um primeiro andar um vaso contra o desfile do PS, depois de ter inicialmente insultado e feito gestos obscenos aos militantes e simpatizantes socialistas, que lhe atiraram uma bandeira e um guarda-chuva.

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SUSANA 18H D3MAR

O secretário-geral do PS defendeu este sábado que é fundamental haver serenidade e "respeito pela visão dos outros" em momento de campanha eleitoral, em reação a um incidente durante uma arruada socialista em Guimarães.

Hoje à tarde, em Guimarães, durante uma arruada, um homem atirou de uma varanda de um primeiro andar um vaso contra o desfile do PS, depois de ter inicialmente insultado e feito gestos obscenos aos militantes e simpatizantes socialistas, que lhe atiraram uma bandeira e um guarda-chuva.

Em declarações aos jornalistas em Vizela, Pedro Nuno Santos reagiu a este incidente e salientou que a campanha eleitoral é um dos momentos mais altos da democracia.

"A serenidade é fundamental, o respeito pela visão dos outros, pela opinião dos outros. É fundamental podermos apresentar as nossas ideias, as pessoas darem as suas opiniões, isso é a vida democrática", declarou.

Pedro Nuno Santos defendeu que "a democracia é isso: visões diferentes que devem ser partilhadas com serenidade e tranquilidade, com respeito pelos outros".

"É sempre isso que nós fazemos. É uma das nossas maiores conquistas: a democracia, o direito a escolhermos quem queremos nas eleições e durante a campanha e apresentarmos e defendermos o nosso ponto de vista", salientou.

O secretário-geral do PS rejeitou ficar triste com o incidente e descartou também a ideia de que o discurso esteja extremado na vida política portuguesa, reiterando que todos os partidos devem fazer o seu trabalho "com serenidade, tranquilidade, apresentando as diferentes visões, mas sempre respeitando os outros".

Nestas declarações aos jornalistas, no final de uma arruada em Vizela em que esteve rodeado por uma enchente humana e foi recebido, à chegada, com fogo de artificio, Pedro Nuno Santos reiterou que quer que os indecisos confiem "no projeto de mudança do PS".

"Quero que os indecisos confiem em nós, na construção de um futuro para todos, para o povo português, para um Portugal inteiro. Não é só para alguns, é para todos", sublinhou.

Enquanto falava aos jornalistas e cumprimentava populares, Pedro Nuno Santos reagiu a uma sondagem divulgada hoje que dá a vitória ao PS e salientou que o "entusiasmo popular" que tem sentido durante as iniciativas de campanha "é extraordinário".

"A mudança é uma mudança connosco, é uma mudança para construirmos um futuro. António Costa, o PS e esta governação ajudou-nos a construir o presente. Nós agora queremos construir o futuro", disse.

Durante a arruada, em que esteve acompanhado pelo cabeça de lista do PS pelo círculo de Braga, José Luís Carneiro, e pelo presidente da Câmara Municipal de Vizela, Vítor Hugo Salgado, Pedro Nuno Santos tirou "selfies", distribuiu abraços e recebeu em troca várias promessas de votos.

No final do trajeto, subiu a um palanque e garantiu que, no dia, o PS vai defender "o legado dos últimos 50 anos", sabendo que ainda tem mais "10, 20, 30 anos para construir um país onde se possa viver melhor".

"É para aí que nós estamos apontados. Nós conseguimos resultados muito importantes nos últimos oito anos, temos hoje estabilidade financeira e orçamental em Portugal. Permite-nos ambicionar mais, olhar para a frente e desejar mais para o nosso povo: melhores salários, melhor habitação, melhor SNS, melhor educação", disse.

Já o autarca de Vizela recuou à campanha das legislativas de 2022 para salientar que, quando António Costa se tinha deslocado ali, também se duvidava de uma vitória do PS que, depois, conseguiu chegar a uma maioria absoluta.

O autarca disse ainda ter dúvidas de que o AD não se alie ao Chega no pós-eleições, sublinhando que o líder do PSD foi candidato à Câmara de Espinho por duas vezes e foi derrotado, e só à segunda é que conseguiu ser eleito líder do PSD.

"Andou a vida toda a trabalhar para ser primeiro-ministro: no dia a seguir às eleições, se ele precisar de fazer uma coligação com o Chega para chegar ao poder, acham que ele vai para Espinho? Não, não vai para Espinho", criticou, com os populares a gritarem "Vai para o Chega".

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