19 ago, 2013 - 15:53
O Egipto fechou esta segunda-feira o posto de fronteira de Rafah para a Faixa de Gaza após a morte de pelo menos 24 polícias no Sinai num atentado contra as forças de segurança egípcias.
Na semana passada, as autoridades egípcias anunciaram o fecho da fronteira por tempo indeterminado, mas tinha sido parcialmente reaberta no sábado.
Os 24 polícias foram mortos num ataque perpetrado por militantes que dispararam “rockets” contra dois autocarros da polícia na Península do Sinai.
O ataque é descrito como o mais mortífero contra as forças da ordem no Egipto ocorrido nos anos recentes.
O governo egípcio declarou que os atentados na região são realizados por "terroristas", enquanto a Irmandade Muçulmana, opositora ao actual regime militar que depôs o presidente Mohamed Morsi, garante renunciar à violência e nega qualquer ligação a militantes armados.
Também esta segunda-feira morreram pelo menos 36 membros da Irmandade Muçulmana numa prisão perto do Cairo.
As autoridades egípcias afirmam que os prisioneiros “morreram de asfixia, depois de ter sido usado gás lacrimogéneo para impedir a sua fuga", mas uma fonte citada na agência Reuters afirma que 38 pessoas, mais duas que nas contas do governo, morreram sufocadas dentro de uma carrinha da polícia.
O Egipto está envolto numa onda de violência desde a quarta-feira passada, quando a polícia dispersou dois acampamentos de manifestantes no Cairo que exigem o regresso ao poder de Mohamed Morsi, deposto a 3 de Julho pelo Exército.
Pelo menos 850 pessoas já morreram no país desde o início dos confrontos.