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Vaticano

Marrocos. Papa reza por vítimas de sismo e pede "ajuda concreta"

10 set, 2023 - 11:46 • Aura Miguel com Redação

Antes do Angelus, Francisco refletiu sobre o Evangelho, lamentando o hábito de se criarem mexericos em torno de quem erra.

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O Papa pediu este domingo "ajuda concreta" para os habitantes de Marrocos, vítimas de um "devastador terramoto" na noite de sexta-feira, que matou pelo menos 2.012 pessoas e feriu outras 2.059.

"Rezo pelas pessoas feridas, por aqueles que perderam a vida, muitos, e pelas suas famílias. Agradeço aos socorristas e a todos os que estão a trabalhar arduamente para aliviar o sofrimento das pessoas", declarou o Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

"Que a ajuda concreta de todos possa apoiar a população neste momento trágico", pediu Francisco. "Sejamos solidários com o povo de Marrocos", concluiu.

Papa contra os mexericos e pessoas tagarelas

Antes de rezar o Angelus, o Papa refletiu sobre o Evangelho deste domingo, que incentiva a correção fraterna. Francisco, no entanto, lamentou o hábito de se criarem mexericos em torno de quem erra, em que todos ficam a saber do erro, com todos os detalhes, exceto a pessoa em questão. “Isso não é justo e não agrada a Deus. Não me canso de repetir que o mexerico é uma praga na vida das pessoas e das comunidades porque leva à divisão, sofrimento e escândalo, e nunca ajuda a melhorar e a crescer”

A solução passa por conversar com a pessoa "cara a cara, de forma justa, para ajudá-la a ver onde está errando” disse o Papa. “Façam isso para o bem dele, superando a vergonha e encontrando a verdadeira coragem, que não é aquela de falar mal, mas de dizer as coisas na sua cara com mansidão e gentileza”. E se, porventura, a pessoa en causa não entender, então, é preciso pedir ajuda. “Mas cuidado: não aquela do grupo de tagarelas!”, advertiu Francisco.

Apontar o dedo contra as pessoas não é bom, disse o Papa, porque “torna mais difícil a quem errou reconhecer o próprio erro”. A solução passa por uma atitude de acolhimento para que aquele ou aquela que errou sinta que a comunidade, “ao mesmo tempo que condena o erro, está próxima com a oração e com o carinho, sempre pronta a oferecer o perdão e a começar de novo.”

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