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Papa abraça israelita e palestiniano que perderam familiares no conflito

18 mai, 2024 - 14:26 • Lusa

O Papa destacou os testemunhos do israelita Maoz Inon, que perdeu os pais, assassinados pelo Hamas, e do palestiniano Aziz Sarah, cujo irmão foi morto pelas tropas israelitas, dizendo que ambos representam o "sofrimento de dois povos".

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"Não tenho palavras". Papa Francisco abraça israelita e palestiniano que perderam familiares no conflito
"Não tenho palavras". Papa Francisco abraça israelita e palestiniano que perderam familiares no conflito
O Papa Francisco abraçou, este sábado, durante um ato na cidade italiana de Verona, um israelita e um palestiniano que perderam familiares no conflito em curso no Médio Oriente, que classificou como uma "derrota histórica".

O principal responsável da Igreja Católica juntou cerca de 12.500 pessoas numa iniciativa pela paz realizada no anfiteatro romano de Verona, no norte de Itália.

Francisco abordou, entre outros assuntos, a situação na Faixa de Gaza e o conflito entre Israel e a Palestina, reacendido após o ataque de islamitas do Hamas em solo do Estado hebraico, a 07 de outubro.

O Papa destacou os testemunhos do israelita Maoz Inon, que perdeu os pais, assassinados pelo Hamas, e do palestiniano Aziz Sarah, cujo irmão foi morto pelas tropas israelitas.

Ambos falaram diante de Francisco e declararam ter-se unido "na dor e no sofrimento", o que levou a assistência a aplaudi-los de pé, incluindo o próprio Papa, que os abraçou de seguida.

"Creio que não há palavras perante o sofrimento destes dois irmãos, que representa o sofrimento de dois povos. Eles tiveram a coragem de se abraçarem", destacou Francisco, realçando que aquele abraço "é um projeto de futuro".

Pedindo à assistência para rezar em silêncio pela paz, o Papa disse estar "cada vez mais convencido de que o futuro de que a humanidade não está apenas nas mãos dos líderes e das grandes potências, mas também nas mãos dos povos".

A propósito da visita à prisão de Montorio, também em Verona, o Papa chamou ainda a atenção para o risco de suicídio entre detidos e para a sobrelotação das penitenciárias, em Itália como na Argentina.

Sublinhando que a sobrelotação resulta em "tensões e problemas", Francisco apelou à melhoria da vida nas prisões, perante as cinco centenas de detidos que o ouviam.

Francisco tentou ainda animar os presos, sublinhando que "a vida é sempre digna de ser vivida".

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