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Fnam denuncia falta de médicos especialistas em neurologia no Hospital de Cascais

27 fev, 2024 - 09:15 • Olímpia Mairos

Vinte especialistas em Medicina Interna entregaram declarações de declinação de responsabilidade alegando que estão a assistir doentes do foro neurológico, com tratamentos com os quais não estão familiarizados.

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É mais uma denúncia de dificuldades no Serviço Nacional de Saúde. Neste caso no Hospital de Cascais onde 20 especialistas em Medicina Interna entregaram declarações de declinação de responsabilidade.

Em comunicado divulgado esta terça-feira, a Fnam diz que está em risco a prestação de cuidados a doentes do foro neurológico no Hospital de Cascais.

No documento, divulgado pela Fnam, os médicos dizem estar a assistir doentes do foro neurológico, com tratamentos com os quais não estão familiarizados e que, por isso, não estão asseguradas as condições de segurança à prestação de cuidados adequados a esses doentes.

Neste momento, não existem condições que permitam ter internamento de Neurologia, não é possível assegurar a continuidade de seguimento em consulta de doentes com patologia neurológica, e não existe garantia de que doentes que recorrem ao serviço de urgência e necessitem de observação por Neurologia a venham a ter”, lê-se no documento.

Segundo a Fnam, “está igualmente comprometida a capacidade de realização de exames por estes especialistas, como o ‘ecodoppler’ dos vasos do pescoço, o eletroencefalograma, a eletromiografia, entre outros”.

Os médicos lamentam a falta de condições de trabalho com a saída de especialistas em Neurologia, indicando que atualmente existe apenas uma médica especialista, “insuficiente para assegurar um serviço de internamento de Neurologia”.

Para a Fnam, “a desagregação de equipas e perda de capacidade formativa de futuros especialistas resulta da incapacidade em promover medidas que contribuam para a fixação de médicos”.

“A destruição de mais esta equipa de trabalho é o resultado direto das irresponsáveis políticas de saúde do Ministério de Manuel Pizarro, que não só não permitem fixar mais médicos no SNS, como promovem a sua saída”, acusa a Fnam.

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