A+ / A-

Santa Casa de Lisboa

Vice-provedora demissionária da Santa Casa acusa ministra do Trabalho de mentir sobre remunerações

08 mai, 2024 - 14:34 • Lusa

"Gostava que a senhora ministra explicasse que benefício foi esse", disse a vice-provedora demissionária da Santa Casa de Lisboa, acusando a ministra de "dizer coisas que não são verdade".

A+ / A-

A vice-provedora demissionária da Santa Casa de Lisboa Ana Vitória Azevedo acusou, esta quarta-feira, a ministra Maria do Rosário Ramalho de "dizer coisas que não são verdade", quando afirmou que a administração exonerada retirou benefícios para si própria.

"Eu sei, e isso até me choca, que a Mesa da Santa Casa não teve nenhum benefício para si e gostava que a senhora ministra explicasse que benefício foi esse", disse Ana Vitória Azevedo, no decorrer da audição na Comissão Parlamento de Trabalho, Segurança Social e Inclusão.

Horas antes, à Renascença, a Provedora da Santa Casa, exonerada pelo atual Governo, também negou, de forma categórica, as acusações feitas na última noite pela ministra Maria do Rosário Ramalho.

Em entrevista à RTP, na terça-feira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou que a maioria dos trabalhadores na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) ganha o salário mínimo e que os vencimentos dos dirigentes são muito mais altos.

"Os da Mesa [da SCML] até foram aumentados, estranhámos. (...) Beneficiaram-se a si próprios", criticou a ministra.

Perante os deputados da comissão, e tentando "entrar na cabeça da senhora ministra", a vice-provedora demissionária admitiu que o raciocínio feito por Maria do Rosário Ramalho tenha por base "o aumento que foi feito ao estatuto do gestor público", da responsabilidade do Governo e não da Santa Casa.

"As remunerações da Santa Casa estão diretamente indexadas ao estatuto do gestor público. Mas qual benefício?", questionou, apontando que se foi esse o raciocínio da ministra, esta é a explicação.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+