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Henrique Raposo

“A liberdade de expressão é para as pessoas que nós odiamos”

20 mai, 2024 - 10:19 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos

Henrique Raposo comenta a mais recente polémica a envolver o presidente da Assembleia da República por este recusar censura no Parlamento.

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“A liberdade de expressão é para as pessoas que nós odiamos”

O comentador da Renascença Henrique Raposo defende que “a liberdade de expressão é para as pessoas que nós odiamos”.

Raposo olha deste modo para a polémica a envolver o presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco, por não ter repreendido o deputado André Ventura, quando este se referiu depreciativamente ao povo turco.

“Não é para as pessoas com quem nós concordamos, à partida. E, portanto, um milhão de pessoas votou naquilo e nós só conseguimos diminuir o número de votantes naquilo, gozando com aquilo, criticando diretamente e não com pedidos de limitação de liberdade”, argumenta.

Durante o debate setorial com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, o líder do Chega, André Ventura questionou os dez anos previstos para a construção do novo aeroporto, falando do caso de Istambul e atirando que “turcos não são propriamente conhecidos por ser o povo mais trabalhador do mundo".

Após indignação das bancadas de PS, BE e Livre, Aguiar-Branco pediu aos deputados para deixar Ventura continuar a sua intervenção, porque "o deputado tem liberdade de expressão para se exprimir".

Mais tarde, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse que o Parlamento é a “expressão da vontade popular” e recusou ser “polícia ou Ministério Público”, afirmando que não lhe cabe censurar a liberdade de expressão.

Na visão de Henrique Raposo, “não se pode usar o Ventura para sinalizar a sua própria virtude, para que o presidente da Assembleia da República faça censura ou limite a liberdade de expressão”.

Raposo lembra ainda que na antiga legislatura, Augusto da Silva “mandou calar sistematicamente o Chega e, sobretudo, o Ventura e correu muito mal, porque, depois, nas suas redes sociais eles usam aquilo para se vitimizar”.

“A estupidez é para ser atacada diretamente, com argumentos”, defende.

No seu espaço de comentário na Renascença, Henrique Raposo diz ainda que, na situação concreta, o que um deputado devia fazer era pedir a palavra e dizer que o deputado da nação, eleito pelos portugueses, é um idiota”.

“Ou seja, um deputado da nação, naquele momento, tem que usar a sua palavra para atacar diretamente o outro deputado”, diz.

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  • Maria
    20 mai, 2024 Palmela 14:41
    Qualquer dia e radio renascenca a ser vandalizada! estao a dizer facebook que henrique raposo tem discursos de odio!

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