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Testemunhas da providência cautelar de arresto na Global Media inquiridas em fevereiro

25 jan, 2024 - 19:19 • Lusa

A 19 de fevereiro tem lugar uma assembleia-geral extraordinária de acionistas, que vai debater e votar a destituição do atual Conselho de Administração e um aumento de capital de cinco milhões de euros no grupo dono de títulos como o "Jornal de Notícias", "Diário de Notícias", "TSF", "Dinheiro Vivo" e "O Jogo".

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O procedimento cautelar de arresto na Global Media avançada por Marco Galinha para garantir os seus direitos no grupo, onde detém 17,58%, tem audiência de inquirição de testemunhas agendada para fevereiro.

De acordo com informação consultada pela Lusa, a audiência de inquirição de testemunhas e declarações das partes terá lugar no dia 6 de fevereiro, no tribunal cível de Lisboa, sendo que o arresto visa garantir o cumprimento do acordo contratual.

Segundo uma notícia do Expresso em 11 de janeiro, trata-se de um procedimento cautelar de arresto que, se for aprovado, pode suspender a administração do grupo e, consequentemente, a Comissão Executiva de José Paulo Fafe.

Em causa estão alegados incumprimentos da parte do fundo World Opportunity Fund (WOF): uma dívida de mais de dois milhões de euros ao empresário e um financiamento não efetuado de 2,5 milhões de euros.

O fundo é detido pela Union Capital Group, com sede nas Bahamas, um paraíso fiscal.

Entretanto, a assembleia-geral extraordinária (AG) de acionistas da Global Media está marcada para 19 de fevereiro, com cinco pontos, entre eles a destituição do atual Conselho de Administração e um aumento de capital de cinco milhões de euros.

O empresário Marco Galinha, que é presidente do Grupo BEL, deixou a presidência executiva da GMG em novembro, com a entrada da nova administração, depois de ter vendido a maioria do capital da participada Páginas Civilizadas.

De acordo com a informação da ERC, a participação efetiva da Páginas Civilizadas na GMG é de 50,25% do capital e dos direitos de voto. Esta posição é calculada a partir da soma da detenção direta de 41,51% e da indireta, através da Grandes Notícias Lda, de 8,74%.

O fundo WOF tem uma participação de 25,628% do capital social e dos direitos de voto da GMG.

Por sua vez, o Grupo Bel detém uma participação indireta de 17,58%. A KNJ, de Kevin Ho, detém 29,350% e José Pedro Soeiro 20,400%.

Resumindo, a Global Media é detida diretamente pela Páginas Civilizadas (41,510%), KNJ (29,350%), José Pedro Soeiro (20,400%) e Grandes Notícias (8,740%).

Entretanto, os trabalhadores da Global Media que tinham o salário de dezembro em atraso receberam esta quinta-feira, depois do Grupo Bel ter dado uma garantia à Vasp para adiantar dinheiro à empresa.

Na semana passada, o WOF, que tem o controlo de gestão da GMG, informou da sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão do regulador ERC e do procedimento cautelar.

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