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“Há explorações agrícolas sob ameaça de encerrar”, dizem agricultores de Trás-os Montes, Douro e Minho

09 mai, 2024 - 00:58 • Marisa Gonçalves

Em declarações à Renascença, a porta-voz Ana Rita Bívar diz que “um rolo grande de aveia com grão, antes da guerra na Ucrânia custava 15 euros, neste momento compramos a 120 euros”.

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O Movimento Civil Agricultores de Trás-os-Montes, Douro e Minho quer ser ouvido pelo novo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes. A porta-voz, Ana Rita Bívar garante à Renascença que há agricultores que ainda esperam pelo pagamento dos apoios à produção.

“Foram aqueles a quem a (anterior) ministra ficou de pagar. A ministra fez um primeiro pagamento que cumpriu a muito custo e sempre com adiamentos, mas que cumpriu. Depois, ficou em falta. Inclusivamente, há agricultores que não receberam nada e foram controlados pelo IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas)”, declara.

Ana Rita Bívar diz que há explorações agrícolas em grandes dificuldades financeiras e sob a ameaça de fechar portas. “Explorações de gado, por exemplo, por causa do preço do cereal. Ninguém quis saber da especulação que aconteceu, principalmente depois da guerra da Ucrânia. Um rolo grande de aveia com grão, que é o que normalmente se dá aos cavalos, antes da guerra custava 15 euros, neste momento compramos a 120 euros”, lamenta.

A porta-voz do Movimento Civil Agricultores de Trás-os-Montes, Douro e Minho diz-se preocupada com o cenário de instabilidade internacional e com a especulação de preços. “Espero que este Governo tenha sensibilidade em relação a isso porque é um tema fundamental. Temos de ter uma autonomia de cereais muito maior”, afirma.

Ana Rita Bívar entende que está em causa a sobrevivência do setor e aponta que “os grandes entraves são ao nível da fiscalidade e burocracia”, pedido “vontade política” para solucionar problemas.

O Movimento Civil Agricultores Trás-os-Montes, Douro e Minho vai também pedir audiências aos partidos com assento parlamentar.

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