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PSD Madeira. Adversário derrotado por Albuquerque critica discurso de desunião

20 abr, 2024 - 17:32 • Lusa

O social-democrata madeirense Manuel António Correia, que foi derrotado por Miguel Albuquerque nas eleições internas do PSD/Madeira, acusou hoje o presidente regional do partido de ser "um líder de fação" que provoca a desunião.

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O social-democrata madeirense Manuel António Correia, que foi derrotado por Miguel Albuquerque nas eleições internas do PSD/Madeira, acusou este sábado o presidente regional do partido de ser "um líder de fação" que provoca a desunião.

"Sou surpreendido desagradavelmente com uma intervenção do presidente do partido, quando era exigível e esperado que apelasse à união, criasse condições de união, afinal teve um discurso nessa parte de líder de fação e não de presidente de um partido", disse Manuel António Correia.

O social-democrata falava aos jornalistas após o discurso de Miguel Albuquerque na abertura do 19.º congresso regional do PSD/Madeira que decorre este fim de semana, no Funchal.

Na sua intervenção, Miguel Albuquerque considerou ser importante "acabar com as divisões" e apostar na união do partido, indicando aos militantes apoiantes da candidatura derrotada que "não vale a pena ficarem com reservas mentais e ficarem ressabiados".

"Vim para cá animadíssimo, na tentativa de ajudar a encontrar condições para que PSD tenha vitória clara em 26 de maio e tenha condições para formar governo na região", afirmou Manuel António.

Criticou as "diversas referencias claras e óbvias" aos seus apoiantes, considerando que foram "deselegantes e incorretas" em relação à metade dos militantes do partido que apoiaram a sua candidatura nas últimas eleições internas, "desunindo" os sociais-democratas insulares.

"Em vez de unir e de praticar a união, o presidente do partido está a tentar desunir e a praticar a desunião", reforçou.

O social-democrata argumentou que não são os apoiantes da sua candidatura "o problema do PSD", argumentando ser "exigível que o presidente do partido se apresentasse como o presidente da união, que apelasse à participação de todos e criasse condições para que todos possam participar".

"O Dr. Miguel Albuquerque passou a intervenção, e com as referências que fez, desuniu o partido e assume a responsabilidade por essa circunstância", tendo no horizonte mais próximo as eleições de 26 de maio, sublinhou.

Manuel António indicou ser "suficientemente adulto e ter suficiente sentido de responsabilidade" para não alterar a sua posição relativamente o partido.

"Pelos vistos eu é que estou a agir como presidente do PSD e não o presidente eleito (...) que age como responsável de uma fação", referiu.

Manuel António concluiu que Miguel Albuquerque é o presidente que "em vez de unir está a tentar desunir e a praticar a desunião".

Miguel Albuquerque, que derrotou nas eleições internas, a 21 de março, pela segunda vez, o antigo secretário do Ambiente e Recursos Naturais Manuel António, obtendo 2.243 votos contra 1.856 da lista do seu adversário, num universo de 4.388 militantes em condições de votar.

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