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Europeias. Ex-deputado do PSD Tiago Moreira de Sá vai ser candidato do Chega

23 abr, 2024 - 18:25 • Lusa

André Ventura critica escolha de Sebastião Bugalho para cabeça de lista da AD e de Marta Temido para o primeiro lugar da lista do PS.

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O ex-deputado do PSD Tiago Moreira de Sá vai ser o segundo candidato da lista do Chega às eleições europeias, anunciou esta terça-feira o presidente do partido, que criticou as escolhas da Aliança Democrática (AD) e PS.

"Foi com grande gosto e sentido de missão que recebi da parte do doutor Tiago Moreira de Sá, antigo deputado do PSD na anterior legislatura, a aceitação do convite que lhe tinha dirigido para ser um dos rostos do Chega às europeias", afirmou André Ventura.

O líder do Chega falava aos jornalistas em conferência de imprensa na Assembleia da República.

André Ventura indicou que Tiago Moreira de Sá vai integrar a lista dos candidatos do Chega ao Parlamento Europeu "em segundo lugar". A lista será encabeçada pelo antigo embaixador e vice-presidente do Chega, António Tânger Corrêa.

Tiago Moreira de Sá "foi um dos rostos do parlamento na última legislatura em matéria de relações internacionais, direito europeu e direito internacional", apontou.

Ventura remeteu para os próximos dias a divulgação dos restantes nomes que compõem a lista de candidatos às eleições europeias de 9 de junho.

Questionado se a lista poderá incluir mais figuras ligadas a outros partidos e, em particular, ao PSD, o líder do Chega respondeu que isso acontecerá "quase com toda a certeza". Já as listas do Chega às eleições legislativas de 10 de março contaram com vários nomes anteriormente ligados ao PSD.

"Estou cada vez mais convicto de que o Chega vencerá as eleições europeias deste ano", disse, destacando que o partido apresenta "uma candidatura forte, com experiência internacional, com reconhecido percurso político diplomático e profissional" e tem uma "dinâmica de vitória que nenhum outro partido tem".

Nesta conferência de imprensa, o presidente do Chega criticou também a escolha do jornalista e comentador televisivo Sebastião Bugalho para cabeça de lista da AD e da antiga ministra Marta Temido para o primeiro lugar da lista do PS, acusando estas forças políticas de "falta de vergonha".

André Ventura considerou que a escolha de Sebastião Bugalho "gera alguma perplexidade" porque há algumas semanas "fazia a avaliação de debates televisivos entre líderes de partidos".

"Agora é candidato de uma lista que estava evidentemente em negociação já nessa altura", alegou, defendendo ser uma "evidência da promiscuidade perigosa que existe hoje entre alguma comunicação social e as listas dos partidos políticos".

Ventura disse que o PSD "não conseguiu recrutar a figura que queria, Rui Moreira" e escolheu "segundas linhas ou terceiras".

Já sobre a escolha de Marta Temido, o presidente do Chega acusou o secretário-geral do PS de ser "um líder muito imprudente" e de querer "dividir ainda mais o país", lembrando que a antiga ministra da Saúde se demitiu em agosto de 2022 na sequência dos problemas e o encerramento de urgências obstétricas em todo o país.

André Ventura afirmou que atualmente "o pior dos segmentos em termos de serviço público é a saúde" e que "este segmento foi representado e incorporado por Marta Temido durante a grande maioria do Governo socialista", considerando "um pouco perplexo e bizarro" que tenha sido a escolha para cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu.

Questionado pela Lusa, o antigo deputado social-democrata confirmou ter aceitado convite do presidente do Chega para integrar, como independente, a lista do partido às europeias.

"Confirmo que aceitei o convite com muito orgulho e em breve falarei mais a fundo sobre o assunto", disse Moreira de Sá, que em janeiro tinha renunciado integrar a lista da coligação Aliança Democrática (AD) à Assembleia da República, depois de ter sido indicado em 25.º lugar pelo círculo de Lisboa, inelegível.

Na altura, deixou um agradecimento especial ao ex-presidente do PSD, Rui Rio, que o tinha convidado para ser deputado na XIV legislatura, durante a qual foi coordenador do partido na Comissão de Negócios Estrangeiros.

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