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Casa Comum

Mariana Vieira da Silva acusa Governo de afastar "protagonistas de reformas" lançadas pelo PS

17 mai, 2024 - 06:20 • José Pedro Frazão

A ex-ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva elogia o Governo por dar continuidade ao processo do novo aeroporto conduzido no Governo anterior, mas lamenta que o mesmo não aconteça na área da Saúde ou na Cultura.

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A dirigente socialista Mariana Vieira da Silva critica "afastamentos sumários" nas direções do Serviço Nacional de Saúde e nos Museus e Monumentos, considerando que o trabalho de "consenso e de construção em cima de decisões anteriores" que aconteceu na decisão do novo aeroporto de Lisboa "não é neste momento visível noutras áreas da governação".

No programa Casa Comum da Renascença, Vieira da Silva refere-se à saída de Fernando Araújo da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde e às noticias que dão conta da substituição dos directores da Museus e Monumentos e do Património Cultural.

"Passámos 8 anos a ouvir dizer que não há reformas. E com um mês de governo, já vamos na destruição ou pelo menos no afastamento de dois protagonistas de duas das principais reformas que o último Governo fez: a direção executiva do SNS e toda a estrutura da cultura para a área dos museus e monumentos", denuncia a antiga ministra na estreia como comentadora no programa "Casa Comum" da Renascença.

Mariana Vieira da Silva e Duarte Pacheco constituem o novo painel fixo de opinião do programa que vai para o ar às quartas -feiras pelas 13 horas.

A agora vice-presidente da bancada parlamentar socialista fala em " leveza de afastamentos sumários" de pessoas que protagonizavam "reformas relevantes e elogiadas por todo o sector", questionando qual o sentido do Governo face a estas reformas " que não são compatíveis com ciclos governativos de 4 anos".

Elogios e dúvidas sobre novo aeroporto
As críticas surgem em contraponto a uma estratégia de "continuidade" de políticas saudada pelos socialistas no caso do novo Aeroporto de Lisboa. Mariana Vieira da Silva define a decisão de localizar o aeroporto em Alcochete como "um bom sinal do Governo que o PS elogiou", mas enquadra-o em decisões do anterior executivo Governo.
A ex-ministra lembra que o governo liderado por António Costa definiu em 2015 que deveria haver um acordo sobre a metodologia nos grandes investimentos com base em dois terços dos deputados no Parlamento, propondo a criação de uma Comissão Técnica Independente.
"Os compromissos políticos constroem-se assim: fazendo o trabalho técnico de base", avisa Mariana Vieira da Silva que ressalva que "não ficou claro como se vão processar as negociações com o concessionário" ou se estas serão feitas "em função de acordos prévios". Sobre os custos do Novo Aeroporto para os cofres do Estado, Vieira da Silva prefere sublinhar que foi feito "um caminho de consolidação de contas públicas" que fornece condições para fazer investimentos públicos.
"O país tem condições para fazer investimento público. Não devemos ter medo da ideia de que o país, para se modernizar, precisa de investimento público. Isso é o normal", sustenta a dirigente nacional do Partido Socialista no "Casa Comum" da Renascença, em parceria com a Euranet - Rede Europeia de rádios.
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