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25 de Abril

PSD. Ana Gabriela Cabilhas recusa que "os extremistas dividam a sociedade em dois: os políticos e o povo"

25 abr, 2024 - 13:18 • Eduardo Soares da Silva

A jovem deputada do PSD e antiga líder da Federação Académica do Porto diz que Abril é "uma revolução contínua e inacabada".

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A deputada do PSD, Ana Gabriela Cabilhas, recusa que os "os extremistas dividam a sociedade em dois: os políticos e o povo".

Com 27 anos, Cabilhas é a segunda deputada mais jovem do PSD e foi a ela que coube a responsabilidade de ler o discurso do partido nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril. A antiga líder da Federação Académica do Porto diz que Abril é "uma revolução contínua e inacabada".

"Importa renovar o compromisso com o futuro. A minha geração nasceu e cresceu em democracia, somos filhos de um Portugal que germinou na escuridão para dar flor e fruto. Questionemos: a chama da liberdade vibra tão intensamente como há 50 anos? Estamos tão comprometidos como há 50 anos? Vivemos com igualdade empenho a democracia?", questiona.

Cabilhas "não admite" que a "melhor versão da nossa democracia tenha ficado no passado, cristalizada na revolução dos cravos".

"Abril não é um marco na história, é uma revolução contínua e inacabada. Trouxe insatisfação, inquietação, a liberdade de ser, pensar e ambicionar mais e melhor. Somos chamados a ser os guardiões do seu futuro, uma democracia que não se contenta em sobreviver, mas em florescer".

A deputada aponta ainda o dedo para dentro, aos políticos do parlamento: "A casa da democracia deve escutar o povo para devolver ao povo as suas legitimas expectativas. A solução está nesta câmara, em cada um de nós, recusando que os extremistas dividam a sociedade em dois: os políticos e o povo. Não. Os políticos estão ao serviço do povo, são eles o povo. Aqui, não há nós e eles, somos todos Portugal".

Ana Gabriela Cabilhas diz que, no parlamento, "não são os partidos que ganham ou perdem, são os portugueses que têm de ganhar".

"Há um Portugal por fazer: rejeitar soluções simples para desafios complexos, jamais tratanto o extremismo com mais radicalismo, levantando a voz ao revisionismo histórico de saudade soviética, combatendo populismo, demagogia e desinformação, lutando por uma justiça que funcione, rejeitando a doutrinação da educação protagonizado por extremismos em polos opostos, substituíndo a política de café e do comentário nas redes sociais por mais participação na comunidade. Dizer não a quem quer dividir o país", diz, antes de terminar.

"O futuro da democracia não é certo, mas a forma como o preparamos é a chave", concluiu.

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