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PS e IL querem audição urgente de Ana Jorge e ministra sobre exonerações na Santa Casa

29 abr, 2024 - 22:14 • Redação, com Lusa

O PS vai requerer a audição parlamentar urgente de Ana Jorge e da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para explicar a decisão do Governo, hoje conhecida, de exonerar a administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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O PS e a Iniciativa Liberal (IL) vão chamar ao Parlamento Ana Jorge, que foi afastada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.

Os dois partidos querem explicações sobre a decisão do Governo, conhecida esta segunda-feira, de exonerar a administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

De acordo com fonte oficial socialista, estes pedidos de audição serão feitos com caráter de urgência, sendo o objetivo do PS que sejam prestados todos os esclarecimento no parlamento sobre esta decisão de exonerar a administração da instituição com efeitos imediatos.

No requerimento do PS a que a agência Lusa teve acesso, o grupo parlamentar refere que a situação da SCML "tem sido alvo de escrutínio por parte da Assembleia da República", dando como exemplos as audições em comissão parlamentar em "diferentes momentos, quer dos responsáveis pela gestão da instituição quer da sua tutela política".

"No mesmo sentido, a instituição tem sido objeto recorrente de notícia em momentos diversos, que abarcam, por exemplo, o pedido de auditoria forense ordenado pelo anterior Executivo ou, mais recentemente, a demissão da vice-provedora da instituição", acrescenta.

A notícia da exoneração, aponta o PS, "surge no mesmo dia em que o jornal Público refere que as receitas abaixo do orçamentado no primeiro trimestre do ano levam o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, agora liderado por Maria do Rosário Palma Ramalho, a exigir um plano de reestruturação urgente, pelo que esta decisão carece de ser explicada, dado que se corre o risco de potenciar instabilidade na instituição, com consequências potencialmente gravosas, num momento importante para o futuro da SCML".

"Assim, face às notícias hoje veiculadas, tendo em conta a complexidade da situação, a decisão radical e inusitada tomada pelo atual Governo, e o facto de terem sido ouvidos, em diferentes momentos, os responsáveis pela gestão da tutela política, vem o Grupo Parlamentar do Partido Socialista requerer, ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais, a audição, com caráter de urgência, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, e da até agora Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge", concretiza.

Na sequência da exoneração da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Iniciativa Liberal também anunciou que vai chamar ao Parlamento, com carácter de urgência, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.

"O requerimento para esta audição soma-se ao pedido de audição de sete personalidades que a Iniciativa Liberal já tinha solicitado que fossem ouvidas na Assembleia da República no âmbito do processo de internacionalização da exploração dos jogos Santa Casa, incluindo a ex-ministra Ana Mendes Godinho, a provedora demissionária, Ana Jorge, e o seu antecessor, Edmundo Martinho", adianta a IL, em comunicado enviado à Renascença.

Administração afastadas por "incapacidade"

A administração da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi exonerada "com efeitos imediatos", anunciou esta segunda-feira o Governo, justificando a decisão por a equipa "se ter revelado incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição".

A SCML era atualmente dirigida pela ex-ministra da Saúde socialista Ana Jorge, que exercia funções de provedora há cerca de um ano, sendo a restante Mesa da SCML constituída por uma vice-provedora e quatro vogais.

"Infelizmente, esta decisão tornou-se inevitável por a Mesa, agora cessante, se ter revelado incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição, o que poderá a curto prazo comprometer a fundamental tarefa de ação social que lhe compete", justificou o executivo em comunicado.

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