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A caminho de Fátima

“Vemos o filme da nossa vida” numa semana de peregrinação

09 mai, 2024 - 09:00 • Redação com Henrique Cunha

A caminho do Santuário de Fátima fala-se de “emoções fortes” em que “o calor de um abraço diz tudo”, porque “sentimos a paz espiritual de Deus”.

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Poucos minutos passavam das oito da manhã e na Avenida da República, em Vila Nova de Gaia, já caminhavam mais de uma centena de peregrinos.

Num pequeno espaço de tempo, visionamos três grupos. Um primeiro, com cerca de 70 pessoas, tinha iniciado o caminho em Vila do Conde. Joana Nascimento integra o “Grupo da Tia Camila” há já 22 anos. No primeiro ano, “foi para cumprir uma promessa; agora é para agradecer”.

Por norma, é assim: a primeira vez é para se cumprir uma promessa. Depois, faz-se o caminho para agradecer. Marco Ferreira, de Arcos de Valdevez, faz o caminho há 19 anos e diz que “é preciso rezar porque o mundo tem tendências a piorar”.

Ainda no inicio da caminhada, depois de ter saído do Porto, Ana Luíza já só pensa nos sentimentos e emoção da chegada, porque “esta semana ajuda a ter força para o resto do ano”. “É uma emoção e a gente quando chega abraça-se. Não se diz nada. O calor do abraço diz tudo”, sublinha à reportagem da Renascença.

Armando Dias é natural de Fafe e integra um grupo com cerca de 50 pessoas que iniciou a caminhada em Guimarães. O peregrino destaca a presença de jovens na estrada e “a sensação única de atingir o objetivo com a chegada ao recinto do Santuário”.

“Costumo dizer muitas vezes que esta semana faz-nos lembrar o filme da nossa vida”, destaca.

Desde Esposende “com o terço na mão, com oração na boca e com a misericórdia de Deus no coração, Maria Graciete é peregrina há 20 anos.

A peregrina diz que “todos deviam fazer a caminhada até ao Santuário porque depois de uma coisa destas saímos sobretudo com uma força enorme para aguentar o dia a dia”.

“Antigamente, era obrigatório ir-se a Santiago a pé. O povo dizia que se não se fosse em vida, se ia após a morte. Até os reis iam. A Rainha Santa Isabel foi pelo menos três vezes”, reforça.

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