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​Presidente da CNIS receia "progressiva ingovernabilidade"

30 dez, 2023 - 08:02 • Henrique Cunha

“Era importante que a revisão constitucional avançasse com a inclusão da proteção social como um direito universal”, defende o padre Lino Maia.

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O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia, antecipa preocupações em relação ao novo ano e diz que o país corre o risco de "uma progressiva ingovernabilidade".

Em declarações à Renascença, Lino Maia diz temer também pelo "incumprimento do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e pela possibilidade de uma recessão" e defende que no próximo ano se pense na necessidade de reconhecer a proteção social como um direito universal.

Pouco otimista para 2024, o sacerdote afirma que “o entrincheiramento de posições inviabiliza consensos nacionais para o sério combate à pobreza, e à inclusão social, e em particular à procura de soluções para os sem-abrigo”.

Lino Maia insiste na necessidade de uma revisão constitucional com a "inclusão da proteção social como direito universal", porque “há o sério risco de o Estado abandonar a obrigatoriedade de assegurar a proteção social”.

“Era importante que a revisão constitucional avançasse com a inclusão da proteção social como um direito universal”, insiste.

Entre as preocupações do padre Lino Maia está, também, "o progressivo aumento dos extremismos".

O presidente da CNIS diz que "falta o estabelecimento de um consenso nacional moderado", na antecâmara de um ano com eleições legislativas, europeias e regionais nos Açores.

“São extremismos radicalistas, ineficazes e inconsequentes que eliminam qualquer possibilidade de consensos”, lamenta.

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