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Raimundo diz que aumento do Complemento Solidário para Idosos foi "aquém das necessidades"

12 mai, 2024 - 16:41 • Lusa

Líder comunista esteve num almoço com cerca de meia centena de militantes e simpatizantes no Sobral de Monte Agraço, em Lisboa.

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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse este domingo no Sobral de Monte Agraço que o aumento do Complemento Solidário para Idosos está "aquém das necessidades", defendendo um aumento das reformas e da gratuitidade dos medicamentos a todos os reformados.

O aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI) "foi um passinho aquém das necessidades", afirmou Paulo Raimundo, durante um almoço com cerca de meia centena de militantes e simpatizantes no Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa.

Para o líder comunista, "o Governo tinha condições para ir mais longe", atribuindo um CSI a 14 meses (em vez de 12) e a exclusão dos rendimentos do conjugue para a atribuição do apoio, à semelhança do que aconteceu com os rendimentos dos filhos.

O secretário-geral do PCP defendeu que a gratuitidade dos medicamentos para os beneficiários do CSI, abrangendo, segundo ele, 140 mil pessoas, deveria ser também alargada a todos os reformados, cerca de 2,5 milhões de pessoas.

"Ficam de fora mais de dois milhões de pessoas e uma parte delas tem necessidades brutais de acesso aos medicamentos e que, muitas vezes, não tendo o CSI, tem de optar entre comer ou aceder a medicamentos", disse.

"Isto não vai lá com o subsídio A ou B, mas com o aumento geral das reformas e das pensões", considerou Paulo Raimundo.

O secretário-geral lembrou que o PCP propôs um aumento mínimo de 70 euros nas reformas e pensões para este ano "para fazer face ao aumento brutal do custo de vida, quando, mais uma vez, o custo do cabaz alimentar voltou a subir".

Sobre as eleições europeias de 9 de junho, o líder comunista defendeu que há candidaturas que "querem falsificar o debate nestas eleições", em matérias relativas à integração na União Europeia e à escalada da guerra, "para evitar um debate sério e profundo sobre as consequências das opções da União Europeia nas nossas vidas e no nosso dia-a-dia e para evitar responsabilidades".

Paulo Raimundo pediu explicações de "como vão cortar 2,8 mil milhões de euros de despesa pública no próximo ano para satisfazer as novas regras orçamentais da União Europeia".

"É disto tudo que querem fugir para não assumir responsabilidades", afirmou o líder comunista.

As elevadas taxas de juro impostas pelo Banco Central Europeu e as "negociatas associadas às privatizações subscritas pela União Europeia", dando como exemplo a ANA - Aeroportos, são questões sobre as quais os comunistas querem esclarecimentos.

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  • Anastácio José Marti
    13 mai, 2024 Lisboa 12:40
    Porque será que Raimundo não chama às coisas o nome que elas têm? Todos estamos a ver que este pseudo aumento de uns míseros 50 €, além de ter ficado aquém do que os cidadãos que do CSI necessitam, apenas e só se verificará como um rebuçado envenenado que os políticos de ocasião sabem oferecer, porque estamos em vésperas de eleições, ou será por acaso que tal aumento apenas e só ocorrerá no mês das próximas eleições? Lamenta-se que estes políticos da treta usem as necessidades do povo para fingirem apoiar o mesmo, sem que simultaneamente, tenham alargado a base de apoio para permitirem a um leque maior de cidadãos ter direito ao CSI, o que além de injusto, é imoral, desumano e intelectualmente desonesto. A estes comportamentos que só qualificam quem os assume em nome de Portugal, o que é que os partidos da oposição têm a dizer e/ou a fazer alguém sabe?

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