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Operação Bilhete Dourado. PSP continua a recolher provas sobre FC Porto

12 mai, 2024 - 19:52 • Lusa

Da operação que investiga a transação de bilhetes para jogos do FC Porto vendidos no mercado "negro", resultou até ao momento em "mais de uma dezena de indivíduos constituídos arguidos" e "milhares de bilhetes apreendidos".

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As diligências da operação "Bilhete Dourado", com buscas à loja do sócio do FC Porto e à Porto Comercial, ainda decorriam, com a contabilização de quantias monetárias, às 19:00, disse este domingo à Lusa fonte policial.

Fonte oficial da PSP do Porto avançou à agência Lusa que a operação policial denominada de "Bilhete Dourado" conta com "algumas dezenas de agentes", da investigação criminal, da unidade especial, de equipas de intervenção rápida e outras valências, e que "as provas continuavam a ser recolhidas ao início desta noite.

Da operação que investiga a transação de bilhetes para jogos do FC Porto vendidos no mercado "negro", resultou até ao momento em "mais de uma dezena de indivíduos constituídos arguidos" e "milhares de bilhetes apreendidos".

Hoje, pelas 19:00, uma hora e meia antes de os "dragões" receberem o rival Boavista, para a 33.ª e penúltima jornada da I Liga de futebol, estavam a ser contabilizadas as quantias monetárias apreendidas, acrescentou a mesma fonte policial.

O Ministério Público (MP) suspeita de "conluio" entre funcionários ligados ao FC Porto e uma empresa associada e membros dos Super Dragões na aquisição de bilhetes para jogos de futebol depois vendidos no "mercado negro", levando a buscas hoje realizadas.

"De toda a prova reunida até ao momento e devidamente documentada não existem dúvidas de que são várias as pessoas com lucros consideráveis referente à venda irregular de bilhetes, o que lesa claramente o FC Porto, e o Estado, o que é "conhecido e aceite" no seio do clube como moeda de troca pelo apoio da claque", pode ler-se nos mandados de busca e no inquérito a que a Lusa teve hoje acesso.

A Porto Comercial, sociedade pertencente ao universo empresarial do FC Porto, e a loja do associado do clube começaram esta manhã a ser alvo de buscas no Estádio do Dragão, no Porto.

"O FC Porto informa que estão a decorrer buscas numa das [sociedades] participadas do Grupo, a Porto Comercial, e na loja do Associado no Estádio do Dragão, e desde já se compromete a prestar todo e qualquer apoio às autoridades no desenrolar das suas diligências", indicou a recém-empossada direção de André Villas-Boas, em comunicado.

As buscas acontecem horas antes de o FC Porto, terceiro classificado da I Liga, com 66 pontos, receber o Boavista, 14.º, com 31, sob arbitragem de Artur Soares Dias, da associação do Porto.

Fonte da PSP referiu que as buscas servem para dar "cumprimento a vários mandados judiciais" e estão a ser feitas "com o apoio de diversas valências policiais".

A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, sustentando o Ministério Público que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo", para que fosse aprovada a revisão estatutária "do interesse" da então direção "azul e branca", liderada por Pinto da Costa.

Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, que continua em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro.

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