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​Bauhaus. 100 anos de uma revolução na arquitetura que os nazis tentaram travar

12 abr, 2019 - 17:39 • Cristina Nascimento

Alguns dos nomes mais conhecidos ligados a este movimento, além do seu criador o arquiteto Walter Gropius, é o artista plástico russo Wassily Kandinsky​, o pintor e poeta suíço Paul Klee​, e Ludwig Mies van der Rohe, professor da Bauhaus e responsável pelo famoso lema “menos é mais"​.

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Assinala-se esta sexta-feira o centenário da criação da escola de artes Bauhaus. Foi a 12 de abril de 1919 que o arquiteto Walter Gropius fundou, em Weimar, Alemanha, a escola que pretendia unificar disciplinas como arquitetura, escultura, pintura e desenho industrial.

A escola foi influenciada pela revolução industrial para criar um estilo e uma forma de pensar o design e a arquitetura voltada para uma estética funcional e para a economia de materiais.

Alguns dos nomes mais conhecidos ligados a este movimento é o artista plástico russo Wassily Kandinsky, o pintor e poeta suíço Paul Klee, e Ludwig Mies van der Rohe, professor da Bauhaus e responsável pela famosa frase “menos é mais".

A escola de Weimar esteve em funções apenas seis anos. Em 1925 mudou-se para Dessau onde também acabou por estar apenas sete anos. Em 1932, já por influência do regime nazi, foi mudada para Berlim e, em 1933, fechada.

Muitos dos que ensinavam ou estudavam na Bauhaus acabaram por deixar o pais o que muito contribuiu para a propagação dos novos conceitos artísticos. Prova de que o espírito da escola não morreu, apenas ganhou dimensão mundial, a universidade artística e técnica de Weimar, em 1996, foi renomeada e passou a chamar-se Universidade Bauhaus. Atualmente, cerca de quatro mil alunos frequentam esta escola.

O programa das comemorações do centenário do movimento Bauhaus incluiu a inauguração, no início deste mês, do novo museu da Bauhaus, precisamente em Weimar.

Quais são as características do movimento?

O nome é uma junção de “bauen” (“construir”, em alemão) e “haus” (“casa”). O movimento defende uma interligação com todo tipo de arte, até as consideradas inferiores, como cerâmica, tecelagem e marcenaria.

Privilegiava o uso de novos materiais pré-fabricados, a simplificação dos volumes, a geometrização das formas e predomínio de linhas retas. Os edifícios inspirados neste movimento, têm paredes, geralmente, brancas, sem decoração ou até sem paredes internas (como nos lofts); coberturas planas, transformadas em terraços; janelas amplas ou fachadas de vidro.

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  • CARLOS CORREIA
    12 abr, 2019 RIO DE MOURO 20:51
    Eu diria mesmo mais: Esta escola pretendia unificar disciplinas como arquitectura, escultura, pintura e desenho industrial. Acrescento uma entre muitas características desta escola, os artistas tinham de ser também artesãos.

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