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Eleições na Madeira

Albuquerque diz que europeias ainda não estão na agenda política da Madeira

18 mai, 2024 - 16:29 • Lusa

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense.

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O presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou este sábado que as eleições europeias não estão agora na agenda política da região e que as atenções estão concentradas nas regionais antecipadas de 26 de maio.

"Eu acho que, neste momento, as eleições europeias estão fora da agenda política até ao próximo domingo [dia 26]. Acho que, neste momento, todas as forças políticas estão concentradas nas eleições regionais", disse o governante social-democrata aos jornalistas, à margem de uma iniciativa enquanto presidente do executivo no campo de futebol do Andorinha, nos arredores do Funchal.

Albuquerque, que é também cabeça de lista do PSD às regionais e esteve oficialmente em campanha noutra iniciativa, comentava a decisão da Comissão Nacional de Eleições (CNE), divulgada na sexta-feira, de admitir que excecionalmente possa haver ações de campanha para as europeias na véspera e no dia das eleições na Madeira, desde que ocorram fora do arquipélago e não condicionem a "formação da vontade" dos madeirenses.

A CNE afirma que, como norma geral, "à semelhança do que sempre ocorreu, em véspera e no dia da eleição regional, até ao fecho das urnas, não são admitidas quaisquer ações de propaganda em nenhum local do território nacional".

O período oficial de campanha para as eleições europeias de 9 de junho decorre entre 27 de maio e 07 de junho, tendo início logo no dia a seguir às legislativas do arquipélago.

"Portanto, independentemente do que a CNE achar ou não achar, ninguém vai fazer campanha para as europeias até domingo [26 de maio]", sublinhou Miguel Albuquerque.

Questionado sobre a presença este sábado, na Madeira, da cabeça de lista socialista às europeias, Marta Temido, e do líder nacional do PS, Pedro Nuno Santos, em iniciativas de campanha, o chefe do executivo madeirense e presidente do PSD regional considerou ser "normal" e uma "tradição" no maior partido da oposição do arquipélago (ocupa 11 dos 47 lugares no parlamento).

"Isso é normal no PS. Eles precisam sempre de andarilhos e bengalas para fazer campanha. Trazem sempre gente de Lisboa, é a tradição do PS, não conseguem comer a sopa sozinhos, precisam sempre de alguém para vir aqui ensinar os madeirenses como é que se faz campanha. Eles não são candidatos, vêm sempre para cá, é a tradição", referiu.

Segundo Albuquerque, esta é "também umas das razões" porque o líder nacional do partido, Luís Montenegro, não se desloca à Madeira na altura da campanha, reforçando: "Também não é preciso".

Nas legislativas da Madeira há 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando Albuquerque foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

O executivo está em gestão desde então.

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