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Medicamentos sujeitos a receita médica passam a ser gratuitos para 140 mil idosos

08 mai, 2024 - 13:03 • Lusa

O CSI é um apoio mensal pago em dinheiro aos idosos em situação de pobreza.

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Os 140 mil beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) vão passar a ter acesso gratuito a medicamentos sujeitos a prescrição médica, medida que custará 10,4 milhões de euros e será aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros.

Segundo fonte do Governo, que confirmou a informação divulgada pelo Correio da Manhã, esta medida representa a duplicação da comparticipação dos medicamentos sujeitos a receita médica dispensados a idosos beneficiários do CSI.

Trata-se de uma medida conjunta do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ministério da Saúde que se integra na "necessidade de adotar políticas que salvaguardem os idosos, em especial aqueles que se encontram em situação de maior vulnerabilidade, através da sua proteção e da promoção de um envelhecimento com dignidade".

O CSI é um apoio mensal pago em dinheiro aos idosos em situação de pobreza. São elegíveis os cidadãos com mais de 66 anos e com rendimentos anuais inferiores ou iguais a 6.608 euros. No caso de um casal, esse rendimento terá de ser inferior ou igual a 11.564 euros.

Como exemplo, o Governo refere que, numa embalagem de Rozor, indicado para reduzir os níveis de colesterol, o utente paga atualmente 11,64 euros, já incluindo a atual comparticipação de 50% pelo Estado. Com a comparticipação a 100%, o medicamento será gratuito para o idoso.

Outro exemplo apontado pelo Governo é o do anticoagulante Xarelto, também muito prescrito a pessoas com mais idade, cujo custo atual para o utente é de 5,14 euros.

O despacho será publicado em Diário da República nos próximos dias, acrescentou a fonte.

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  • Anastácio José Marti
    09 mai, 2024 Lisboa 08:40
    Porquê só aos idosos em situação de pobreza? Porquê discriminar deste apoio, os DOENTES CRÓNICOS e DEFICIENTES, que têm necessidade de tomar inúmeros medicamento diariamente para poderem sobreviver? Será que estes políticos têm a noção dos valores totais na aquisição de todos os medicamentos que esta camada da população tem de suportar para ter acesso a todos os medicamentos de que necessita e assim não ter de interromper os seus tratamentos? Mal das camadas vulneráveis da população a quem estes mesmos políticos sabem pedir o voto quando dele necessitam, mas até nestes pequenos apoios, provam não saberem respeitar o PRINCÍPIO DA IGUALDADE, pois muitos doentes crónicos e DEFICIENTES, se vêm na necessidade de não comerem para poderem aceder aos medicamentos de que necessitam, em particular desde que a SCML na Administração de Edmundo Martinho, ao invés do que as competências da SCML lhe impõem, assim não respeitadas por quem teve esse dever, se dignou cortar o apoio que as administrações anteriores da SCML haviam concedido a todos os doentes crónicos, na aquisição dos seus medicamentos. Ora se a SCML cortou tal apoio, nunca reposto por Anas Jorge, nem por este pseudo apoio apenas para os pobres, apesar de 1/5 da população portuguesa ser pobre, do que podem esperar estes concidadãos de quem tem o dever moral de os apoiar e continua assim sem o assumir.

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