António José Seguro

Aumento da dívida em Portugal “não pode deixar ninguém indiferente”

22 mai, 2014

Líder socialista deixou ainda o recado para que os militantes e apoiantes não deixem de ir votar no próximo domingo.

Aumento da dívida em Portugal “não pode deixar ninguém indiferente”

O secretário-geral do PS considera que os dados do Banco de Portugal que apontam para um aumento da dívida pública no primeiro trimestre deste ano não podem deixar nenhum português indiferente face às eleições de domingo.

António José Seguro falava no final de um almoço comício em Vila Nova de Gaia, numa alusão aos dados preliminares do boletim estatístico do Banco de Portugal, segundo os quais a dívida pública portuguesa subiu para os 132,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do primeiro trimestre, acima dos 129% registados no final de 2013.

"Hoje o país ficou a conhecer mais um dado que infelizmente partilho convosco: a dívida voltou a aumentar no primeiro trimestre deste ano e já ultrapassa os 132%. Entre Dezembro e o final do primeiro trimestre deste ano, a dívida aumentou sete mil milhões de euros", apontou o líder socialista.

De acordo com o líder socialista, estes indicadores comprovam que a dívida pública em Portugal "não pára de aumentar".

"No primeiro trimestre deste ano, a economia caiu e o desemprego é o maior da nossa história. Perante isto, algum português ou portuguesa pode ficar em casa indiferente? Alguma portuguesa ou português reformado que trabalhou uma vida inteira pode ficar indiferente a um Governo que disse que não cortaria nas pensões, mas depois cortou-as?", questionou Seguro.

De acordo com os dados preliminares do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, a dívida pública na óptica de Maastricht alcançou os 220.684 milhões de euros em Março deste ano.

No final de 2013, a dívida pública portuguesa estava nos 129% do PIB, o equivalente a 213.631 milhões de euros, o que significa que a trajectória da dívida continua em alta, segundo números do banco central.

Seguro deixa apelo ao voto
António José Seguro falou também das sondagens para as desvalorizar. “Até ao lavar dos cestos é vindima”. “Esta é a oportunidade para acertarmos contas com o Governo. Não podemos desperdiçar esta oportunidade", declarou.

De acordo com o líder socialista, no próximo domingo, é o momento para se acertar contas com uma política do Governo "de engano e de empobrecimento" e uma possibilidade de ser "travada" a austeridade.

"Com o voto do PS conseguimos travar mais aumento de impostos que o Governo se prepara para fazer, com o voto no PS conseguimos travar os cortes definitivos nas pensões, nas reformas e nos salários. Com todo o respeito pelos outros partidos, como todas as sondagens demonstram, só o PS está em condições de derrotar o Governo", disse, reiterando então o seu apelo ao voto útil nos socialistas.