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Um ano depois, o caso do computador do adjunto de Galamba continua em aberto

26 abr, 2024 - 20:00 • Ana Kotowicz , Cristina Nascimento

Foi a 26 de abril de 2023 que o ex-adjunto do então ministro João Galamba foi buscar o computador de trabalho e envolveu-se em desacatos com outros membros do gabinete. Um ano depois, a PGR confirma à Renascença que o caso continua em aberto.

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Um computador, vários assessores e alegadas agressões. Foi há precisamente um ano que o Ministério das Infraestruturas foi palco de uma situação insólita, que envolveu vários colaboradores do então ministro João Galamba. O SIS foi envolvido, o incidente foi discutido na a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, mas, até à data, na justiça, o caso continua sob investigação.

Contactada pela Renascença, a Procuradoria-Geral confirmou que o processo continua em aberto e sujeito ao segredo de justiça.

A história começa com o despedimento de Frederico Pinheiro, então adjunto de João Galamba. Já depois de afastado pelo ministro, Pinheiro desloca-se ao ministério, durante a noite, para reaver um computador onde guardava documentos referentes à polémica reunião entre executivo, PS e TAP.

Alguns membros do gabinete de Galamba, nomeadamente as suas assessoras, terão tentado impedir Pinheiro de sair com o computador.

Nessa altura, segundo os relatos das alegadas vítimas, Frederico Pinheiro — que teria intenção de fazer cópia de algumas informações que guardava no computador de trabalho — agrediu as colegas que procuraram refúgio numa casa de banho. O computador terá sido recuperado, mais tarde, pelo Sistema de Informações de Segurança (SIS).

Pinheiro negou sempre as agressões e manteve que só pretendia retirar do computador ficheiros pessoais.

A polícia foi chamada ao local e Eugénia Correia Cabaço, a então chefe de gabinete de Galamba, acionou o SIS para conseguir ter o computador de volta, já que estaria em causa o roubo de uma ferramenta de trabalho que tinha “documentos classificados pelo gabinete nacional de segurança”.

No final, o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa abriu um inquérito, mas, um ano depois, não há novidades sobre o seu desfecho.
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